Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

ermida de S.Sebastião em Azurara

* Victor Nogueira

No cruzamento da Rua da Junqueira com a de S. Sebastião, defronte a um juncal, parcialmente destelhada e sobranceira à estrada surge esta ermida cujo orago é S. Sebastião. Lateralmente, sobre o pórtico uma lápide escaqueirada recorda o nome dum benemérito e da sua doação para uma recuperação que não terá sido lograda, o que é confirmado por uma mulher que passa na rua, vinda das compras, numa tarde chuvosa.

A Ermida ou Capela de S. Sebastião situa-se numa elevação rochosa de onde se avista a foz do Ave, ali a dois passos. Aqui  se reuniam os pescadores azurarenses para verificarem o estado do mar e decidirem se iniciariam ou não a faina piscatória.

Embora o traçado indicie ser românica, os dois pórticos são góticos, sem "enfeites", embora mais trabalhado o lateral. Pelas estreitíssimas frinchas da porta principal entrevejo o que me parece ser um altar, na parte coberta por um telhado. As fotos foram tiradas em dias distintos: um pluvioso e cinzento, soalheiro o segundo


















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