Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

terça-feira, 13 de outubro de 2020

fotos de capa em 13 de outubro

 * Victor Nogueira


2020 10 13 foto victor nogueira - no parque infantil do Bonfim


2017 06 29

Os livros e as pessoas

 

Dizem que os livros são os nossos melhores e maiores amigos.

Mas os livros não se sentam á nossa beira,

nem têm olhos, nem sorriem

nem nos abraçam,

nem connosco passeiam pela rua, pelo campo.

Nada podemos dar aos livros

senão as letras dos nossos pensamentos

ou um pouco de nós

para que chegue aos outros.

.

Os livros têm os olhos que nós temos.

E os seus lábios são os nossos lábios.

Porque se os livros tivessem olhos

e lábios e mãos e dedos

seriam talvez pessoas

mas nunca livros.

 

Victor Nogueira (1969)


VER   epistolário 006 - As palavras segundo Eugénio de Andrade e Victor Nogueira



2017 10 13 foto victor nogueira - setúbal - estátua e praça de Bocage

VER



2016 10 13 foto victor nogueira - setúbal - palácio da comenda, projecto do arquitecto Raúl Lino

VER
 

Ruínas da Igreja de N. Sra da Ajuda, na Herdade da Comenda


 

2016 10 13 foto victor nogueira Póvoa de Varzim  - Coreto

Outrora no jardim público passeavam-se as famílias, por vezes juntando-se em torno do coreto ouvindo a banda musical, interpretando marchas militares, canções de amor ou peças de música clássica, mais ou menos ligeiras. Évora no seu Jardim Público também tem um coreto, perto do qual há ou havia uma oliveira plantada no termo da Grande Guerra, a primeira, com o desejo que tivesse sido a última. Embora tenha uma foto do eborense coreto in illo tempore, o desta minha foto é na Póvoa de Varzim.

Como fundo musical, a "Banda", de Chico Buarque



VER 

a preto e branco - transmutação


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