Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Walker Evans (1903-1975) - Fotográfo ficou famoso por imagens feitas durante a Depressão de 29, nos Estados Unidos

O Estadão - quarta-feira, 30 de setembro de 2009, 09:43 | Online

AE - Agencia Estado - 2009.09.30

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SÃO PAULO - Primeiro fotógrafo a ser contemplado com uma exposição individual no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), em 1933 , o norte-americano Walker Evans (1903-1975) ganha, a partir desta quarta-feira, 30, sua primeira retrospectiva no Brasil. A mostra reúne 121 imagens do profissional, que passou à história da fotografia por ter documentado a Depressão americana nos anos 1930. A abertura será nesta noite, para convidados, e na quinta-feira, para o público, no Museu de Arte de São Paulo (Masp).


Veja também:

mais imagens Galeria de imagens que estarão na mostra

Uma das fotos mais famosas de Walker Evans, tirada durante a crise de 1929. Foto: Reprodução


É curiosa a origem da mostra Walker Evans. Um colecionador norte-americano emprestou parte de seu acervo - a maioria das fotos da mostra pertence a ele - para que a exposição circulasse pelo mundo. Sem revelar o nome do colecionador, que prefere o anonimato, o diretor-geral do Instituto de Cultura mantido pela espanhola Fundación Mapfre, Pablo Jiménez Burillo, diz que a intenção do americano é "oferecer uma esperança ao mundo, que ainda enfrenta os efeitos da recente crise econômica, situação que remete aos anos da Grande Depressão". Assim, o núcleo da retrospectiva é mesmo a série de fotografias que Evans registrou no Sul dos EUA entre 1935 e 1936, contratado pelo governo americano.

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O presidente Roosevelt estava interessado em criar um arquivo de imagens da Depressão para uma agência estatal. O arquivo serviria ao programa social do ex-presidente para a erradicação da pobreza e a construção de uma identidade nacional.

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A mostra traz também seus primeiros trabalhos, dos anos 1920, fotos dos arranha-céus de Nova York que remetem aos ensaios construtivistas do vanguardista russo Rodchenko (1891-1956). Ecos da Nova Objetividade, da visão bauhausiana da cidade como edificação, surgem em fotos das janelas de Wall Street. Sem elas, um fotógrafo como Robert Frank, seu pupilo, teria demorado mais para descobrir a América.

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Walker Evans. Masp. Avenida Paulista, 1.578. Tel. (011) 3251-5644. 11h/18h (5.ª até 20h; fecha 2.ª). R$ 15 (3.ª, grátis). Até 10/1. Abre hoje para convidados.

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Resultados de imagens para Walker Evans

- Comunicar imagenshttp://argenteditions.com/cocacola-shack-p-50.htmlhttp://commons.wikimedia.org/wiki/File:Walker_Evans_New_Orleans_street_corner.jpghttp://www.popularpersons.org/pic.php?n=walker-evans/&b=Walker-Evans/http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Walker_Evans_shoeshine_stand.jpg

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A Gosto da Fotografia traz registros variados do povo baiano

entretenimento |30.07.2009 - 10h04
. Redação CORREIO | Ivan Dias Marques

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São quase 80 anos de história registrados pelas lentes de fotógrafos de diferentes gerações. A 5ª edição do A Gosto da Fotografia traz, a partir desta sexta-feira (31), um panorama do cotidiano do povo baiano ao longo de todo esse tempo.“É uma malha visual sobre uma malha geográfica”, pontua Diógenes Moura, 52, curador do evento. As mostras, com acesso gratuito, ocorrem até 13 de setembro no Palacete das Artes Rodin Bahia, Galeria Solar do Ferrão, Santa Casa de Misericórdia, Galeria Acbeu e Galeria do Conselho Estadual de Cultura.

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Rua Chile tinha lojas com luminosos típicos das décadas de 30 e 40

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Além disso, na Sala Walter da Silveira (Barris) serão exibidos curtas e acontecerá uma oficina na Escola Pracatum (Candeal). O grande destaque do A Gosto da Fotografia é a exposição Abundante cidade - Dessemelhante Bahia, do baiano Voltaire Fraga (1912-2006), homenageado desta 5ª edição, que atraiu 250 mil pessoas entre novembro de 2008 e fevereiro deste ano na Pinacoteca de São Paulo.

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Através de um convênio entre a Casa da Fotografia (organizadora do A Gosto) e a instituição paulista, a mostra com cem imagens foi trazida para Salvador, onde ficará em cartaz no Palacete das Artes.

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Baiana da primeira metade do século XX

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A visitação pública começa no sábado (1º). Voltaire fez milhares de registros entre a década de 30 e 70, mas nunca teve reconhecimento na Bahia. Antes de falecer, muito triste, deixou 2.043 fotos catalogadas e apenas uma mostra individual no currículo. “A exposição é um resgate da história e da memória do país. Mais do que intuitiva, Voltaire mostra a Salvador que ama e que hoje desapareceu”, diz Moura, curador também da Pinacoteca.

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Levi-Strauss fotografou o cotidiano paulista entre 1930 e 1935

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VOLTAIRE X VERGER

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Impossível não fazer um paralelo entre as imagens dele e do franco-brasileiro Pierre Verger (1902-1996), que durante quase 50 anos registrou o povo baiano. “A fotografia dos dois anda de mãos dadas. É uma irmã da outra”, atesta o curador. Verger terá o livro Fotografia para não esquecer, que tem texto de Moura, lançado também sexta-feira (31) no Palacete. Além de Verger, outros dois franceses que revelaram o Brasil terão imagens na mostra À procura de um olhar: Jean Manzone Marcel Gautherot.

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Pierre Verger terá livro 'Fotografia para não esquecer'

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A exposição - parte da programação do Ano da França no Brasil - traz ainda fotos de Claude Lévi-Strauss (na São Paulo dos anos 30) e trabalhos de Bruno Barbey, Olívia Gay e Antoin D'Agata. “Cada trabalho, dentro da sua própria linguagem, mostra a emoção. É um retrato belo, e muitas vezes perverso, desta busca pela identidade do Brasil”, acredita Moura.

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Os fotógrafos brasileiros Tiago Santana, Luiz Braga e Mauro Restiffe completam a mostra.

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Porto da Barra é ponte entre mostras

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Para Moura, a exposição de Marc Dumas, Porto da Barra, em cartaz a partir do dia 5 na Galeria Acbeu, e a de Vânia Toledo, Diário de bolsa - Instantâneos do olhar, que começa no dia 7 na Galeria Solar Ferrão, tem como ponto de conexão a famosa praia frequentada por todo tipo de gente.

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O mesmo local é palco para o público de diferentes épocas. “É o mesmo Porto da Barra que foi retratado por ela nos anos 70, só que são os filhos daqueles personagens, ou até mesmo eles esse tempo todo depois”.

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Marc Dumas registrou banhistas e barco no Porto da Barra

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As belíssimas fotos do francês Marc foram feitas entre 2003 e 2008 e registram, de dentro do mar, os frequentadores da praia. Entre saltos de trampolim ou simples banhos, o colorido das águas e dos personagens e os barcos e a cidade foram paralisados pelo fotógrafo, que já havia feito trabalho semelhante em Fortaleza.

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Já Vânia clicou amigos, famosos - como Caetano Veloso, Gal Costa e Roberto Carlos - e desconhecidos, sempre em momentos espontâneos e instantâneos. A artista carregava a câmera na bolsa, sempre pronta para uma foto diferente. O registro de uma época.

Vânia Toledo registra Roberto Carlos num quarto de hotel

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in Jornal Correio24 horas

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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Fotografia Artesanal ou digital?

14 Setembro 2009

Fotografia Artesanal ou digital?

Foto: Willam Duarte

A arte de fotografar com câmeras digitais são bem mais fáceis e o elemento surpresa é cada dia menor, o apertar o botão e a câmera fazer todo o processo; capturar a luz ambiente, calcular a velocidade do obturador, nada disso é necessário se a sua câmera é uma digital onde o automático faz todo este processo. A fotografia é mais do que um simples aperto de botão. É uma arte que o artista é um observador que busca ser fiel ou não ao instante recortado em sua lente, mas se a opção é fotografar com uma simples lata como fazer isso?
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A nossa primeira dica é: Enxergar além do que os olhos podem ver. O momento é único e o instante não capitado em milésimos de segundos e sim no intervalo de cinco a dez segundo no mínimo.
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Fotografar com uma lata na era digital parece ser um retrocesso, mas é a busca da raiz que a fotografia artesanal mostra o seu diferencial.
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O Lata Mágica Recife, trabalhou os últimos oito meses com as câmeras digitais porem é o artesanal que provoca nos fotógrafos: Willam Duarte & Odilene Andrade, uma busca por algo maior do que apenas fotografar.
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Transmitir um conhecimento e dar a chance para que todos que não podem ter em suas mãos este objeto que com um aperto no botão faz todo o processo, as latas doam este sentimento de paixão e valorização do indivíduo singular.
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Voltamos com toda a força que tínhamos há quatro anos como começamos.
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Agradecemos a todos que sempre nos incentivaram e para recomeçar nós digam o que vocês gostariam que fossem fotografados na região metropolitana do Recife.
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Willam Duarte.
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“Barreiro – O Património… visto do rio” - Exposição fotográfica colectiva


rostos.pt


artes rostos.pt - o seu diário digital

Exposição fotográfica colectiva
“Barreiro – O Património… visto do rio”


“Barreiro – O Património… visto do rio”" vspace="5" align="right" border="2" hspace="10">A Cooperativa Cultural Popular Barreirense promoveu dois passeios, no Pestarola, com o objectivo de apreciar a riqueza patrimonial do Barreiro, visto… do lado de lá do rio.



A maioria dos participantes levou máquinas de filmar e fotográficas, como resultado desta experiência, surgiu a ideia da realização de uma exposição fotográfica colectiva, com as fotografias e os “olhares” de cada um…


A exposição decorrerá na Cooperativa Cultural Barreirense, desde o dia 1 a 11 de Outubro de 2009.


“Nos dias 25 e 26 de Junho de 2009, a bordo do Pestarola, por iniciativa da Cooperativa Cultural Popular Barreirense, realizaram-se dois passeios com o objectivo de apreciar a riqueza patrimonial do Barreiro, doutro ponto de vista, diferente, não habitual, ou seja, visto… do lado de lá do rio.


A Cooperativa Cultural Popular Barreirense, pela importância da temática e valorização Cultural, decidiu levar a cabo esta iniciativa, tendo para isso contado com a colaboração da Câmara Municipal do Barreiro.” – refere a Cooperativa Cultural.



“Sabendo que o Barreiro é rico em património edificado e natural, quisemos sentir a relação íntima com os rios e a emoção de “ver” e fotografar os Moinhos de Maré e de Vento, a Estação Sul e Sueste, Alburrica, Parceria Geral das Pescas, Seca do Bacalhau, Complexo Real do Vale de Zebro, os pólos industriais, e outros cenários que estão na génese da Cidade do Barreiro e da importância que teve outrora na história do país.

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O Pestarola fez as duas viagens, com partida às 15 horas e duração de duas horas cada viagem, uma para o lado do Rio Coina e a outra para o lado do Rio Tejo, com lotação esgotada (23 participantes), e a colaboração de uma técnica especializada em património.” – acresscenta a nota que recebemos na nossa redacção.



“A maioria dos participantes levou máquinas de filmar e fotográficas, com o intuito de recolher imagens nunca vistas… do outro lado, ganhando outra “alma”, outra perspectiva que não estávamos habituados.

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Como resultado desta experiência, surgiu a ideia da realização de uma exposição fotográfica colectiva, com as fotografias e os “olhares” de cada um.” – sublinham.


“A exposição decorrerá na Cooperativa Cultural Barreirense, desde o dia 1 a 11 de Outubro de 2009.

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Os Barreirenses começam a ter motivos e sensibilidade para olhar para o rio, para as obras do Polis, sentir a evolução em Alburrica, a requalificação da Avenida da Praia, … e a visão e a certeza de que o Barreiro está cada vez mais bonito.” – refere a finalizar a Cooperativa Cultural.

in Rostos - 25.9.2009 - 0:51
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domingo, 27 de setembro de 2009

Augusto Cabrita - Fotógrafo

O prólogo da minha volta de todos os dias é exercitar o olhar através da janela do meu quarto, mal ensaio os meus primeiros golpes de vista, sinto que já ganhei o mais belo prémio do mundo:

Tenho o Tejo à minha frente.




Área inteiramente dedicada a Augusto Cabrita
ArteFlow.org
UM ESPAÇO ABERTO AOS ARTISTAS LUSÓFONOS





G A L E R I A D A S A R T E S
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Mestre de Fotógrafos e Narrador de Amigos Talvez se possa definir o Augusto Cabrita (no que existe nele de definível) como um ser humano onde se combinam, com uma
felicidade extremamente rara, a truculência, a generosidade e a arte do trabalho. Absorve a vida como se lhe fosse pouca - e depois distribui-a, caminheiro, pelas mãos dos outros...

Dinis Machado

Os Dizeres do Olhar
...Nas fotos de Augusto Cabrita, como nos filmes de Augusto Cabrita, não há espaços neutros, vazios, inertes. Está lá, sempre e sempre, essa maneira de olhar e de dizer as coisas que recusa o banimento da criatura humana, mesmo quando a criatura humana (aparentemente) não figura na foto ou no filme...

Baptista-Bastos

O Homem que Viveu para Além dos Sonhos

...Através da visão do Augusto Cabrita, nós começamos a compreender que, afinal, a maioria dos artistas não vai para além, mas, muito pelo contrário, fica bastante aquém da realidade - e por isso eu não hesito em considerar esse espantoso fotógrafo, que tive a dita de contar entre os meus melhores amigos, um revelador das verdades esquecidas, ignoradas e nem mesmo sonhadas.

A sua verdade transporta-nos para além dos sonhos.

António Vitorino d'Almeida


Biografia
Principais obras
Depoimentos
Registos
Fotografia
Momentos
Amália
CUF
Registo Video

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arteflow.org/fotografia/cabrita/augcamai
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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Vivem na sombra dos políticos


Vivem na sombra dos políticos

Jornal de Noticias - 2009-09-20

SUSANA OTÃO, HUGO SILVA, NORBERTO A. LOPES, PEDRO OLAVO SIMÕES e

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Histórias de quem, nos bastidores, é indispensável ao funcionamento das máquinas de campanha: o "speaker", os jovens animadores, a fotógrafa, a equipa técnica, o motorista.

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A fotógrafa que capta "emoções e votos"
[Paulete Matos (BE)]

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No Bloco de Esquerda "desde sempre", Paulete Matos acompanha a comitiva para todo o lado e vê-a com um olhar especial. Através da lente da sua máquina fotográfica, capta "rostos, emoções, votos". Sempre discreta e até tímida, a militante e fotógrafa do partido, tem palmilhado todos os quilómetros, de todas as campanhas. "Desde o início, desde as primeiras fotografias", confessa ao JN, sempre escondida por detrás da sua Nikon.

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Dorme pouco, muito pouco, mas cansaço é palavra que não consta no seu discurso: "É a motivação que me move. O contacto com as pessoas, ver o partido a crescer. Durmo no final da campanha", diz, divertida.

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Esta angolana, de 57 anos, viu "nascer" o BE e agora não esconde a emoção de o ver crescer a cada dia. "Recordo-me de um dos primeiros encontros em Braga. Estava muito frio e éramos apenas uns cinco militantes. Agora, no último comício que fizemos na cidade, juntámos 800 militantes. É impossível não me emocionar", conta.

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É a emoção que pauta também as suas fotografias. Às vezes, confessa, não sabe separar o trabalho do seu empenhamento político. "Quando estamos em arruadas, em comícios em que vejo pessoas que estão ali cheias de verdade, que querem falar sobre os seu problemas, é difícil fazer 'click'... às vezes é tão difícil controlar o que sinto", refere Paulete Matos, orgulhosa "em fotografar um bocadinho da história do partido".

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E como é fotografar Francisco Louçã, o "Chico"? É difícil, reconhece, "porque se expressa muito gestualmente". Mas é um desafio que aceita "com todo o coração": "Captar os momentos, as caras das pessoas, o que elas querem dizer, as suas emoções... Cada rosto é um passo que o Bloco dá".

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O motorista que já se esqueceu do patrão
[CDS-PP]

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Transmontano de gema, Ilídio Malaca, o sr. Malaca, será das pessoas que mais tempo passam com Paulo Portas. É um dos dois motoristas do líder do CDS - o outro é Ricardo Lopes - e conduz o Volvo preto que percorre quilómetros e quilómetros de estrada. "Não é difícil", assegura Ilídio, 58 anos, ex-militar da Brigada de Trânsito da GNR, onde esteve mais de duas décadas.

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Palavra de antiga autoridade: o carro "é confortável, fácil de conduzir" e Paulo Portas "é calmo e muito bom". O que não invalida que, algumas vezes, surjam percalços tais como... arrancar e esquecer-se do patrão. Foi em Viseu. Ilídio Malaca seguiu marcha, atrás de outro veículo, convencido que Paulo Portas lá ia. Apercebeu-se que, afinal, tinha deixado o líder do CDS apeado, quando Portas lhe ligou para o telemóvel: "Oh sr. Malaca, onde é que anda?". O motorista lá teve que dar meia volta para ir buscar o chefe. Do mal o menos: não estava muito longe. O episódio ainda agora vale um coro de gargalhadas entre a comitiva do CDS que anda na estrada em campanha.

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Os períodos antes das eleições são mesmo os mais complicados, admite Ilídio Malaca. Ainda mais quando se conduz um candidato que, antes do arranque oficial da campanha, já tinha visitado mais de 100 concelhos. Ilídio salvaguarda que o entendimento entre a dupla de motoristas funciona e que não há problemas de rendição sempre que o cansaço começa a fazer-se sentir. Mesmo sendo um antigo elemento da Brigada de Trânsito, Ilídio Malaca vai admitindo que algumas vezes fecha os olhos às regras do Código. "Quem é que não transgride alguma coisa?". Honestidade transmontana que, agora, tem residência em Odivelas. "Mas continuo a ter casa na aldeia da minha mulher, em Estevais, Mogadouro. Vou lá muitas vezes", afirma.

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Os três homens por trásdo palco
[CDU]

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Nas arruadas da CDU ou nos comícios, é vê-los a tratar dos amplificadores, das colunas de som e dos cabos de ligação. Ou do palco para Jerónimo de Sousa discursar para os militantes em plena acção de campanha, ou do cenário de fundo azul com a foice e o martelo. Vítor Azevedo, Miguel Prudêncio e Eurico Romero podem passar despercebidos, mas são funcionários do Partido Comunista. Sem eles, a palavra do secretário-geral nunca chegaria à população.

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Transportam quilos e quilos de material, montam e desmontam, montam e desmontam, mais do que uma vez por dia. "Vim para trabalhar três meses na 'Festa do Avante' e já ando aqui há 16 anos. Foi no partido que aprendi a ser electricista", conta Vítor Azevedo, que "só sabia apertar e desapertar parafusos" quando trabalhava numa empresa privada.

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Dos muitos anos que leva de dedicação à causa comunista, lembra-se de um episódio curioso, quando um partidário cortou o som a Jerónimo de Sousa, precisamente no recente comício em Corroios, durante a presente campanha eleitoral: "Ele levantou-se, puxou o cabo e o microfone desligou-se". Quase dava barraca.

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Miguel Prudêncio trabalhava na hotelaria e faz parte do "staff" fixo da campanha. Gosta de vestir uma camisola vermelha com o símbolo comunista e abana a cabeça ao som do ritmo da música que paira no ar. "Nunca trabalharia ao serviço de outro partido", nem que fosse "para ganhar muito dinheiro".

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É fiel às causas de Esquerda, assim como Eurico Romero, que tem a particularidade de ser dirigente da Juventude Comunista Portuguesa. Já foi músico de uma banda de trashmetal: "Talvez por causa disso, trato mais do som". O povo, esse, agradece.

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Grupinho da "Jota" é pequeno, mas dinâmico
[PSD]

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Sem eles, Manuela Ferreira Leite correria Portugal com suavidade de veludo e silêncio de sepulcro. Mas eles não falham. Puxam pelo povo que vai ver a candidata do PSD, dão colorido aos planos televisivos das arruadas e, enfim, têm causado pesadelos a quem acompanha a caravana. Mesmo no silêncio da noite, os cânticos são marretadas na memória: "Pela paz, pão, povo e liberdade/ Pela política de verdade/ Ferreira Leite és a nossa esperança/ Os portugueses votarão com confiança".

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Pequena a caravana, parcos os meios, modesto o grupo de militantes da JSD que faz marcação cerrada à líder. Modesto, mas empenhado e dinâmico. São 24 raparigas e rapazes, havendo gente de todos os distritos do continente. Tiago Sá Carneiro, portuense, coordena a volta nacional da "Jota" e diz que, "à partida, é gente que não se conhece, mas cria-se uma família social-democrata".

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Viajam em três carrinhas de nove lugares. Cantam, agitam bandeiras e dão brindes, algo a que o comum português está para lá de receptivo. Canetas, chapéus, bolsas de pôr à cinta. E quilos de panfletos, tanto do candidato da JSD no distrito em que se encontram como, claro, da líder, que nunca se esquece de os saudar nos discursos.

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António Padez, de Coimbra, é o principal animador e o autor de boa parte das letras. "O povo não esquece/ Que a crise é do PS" é das mais ouvidas, cantada ao som de "Yellow submarine". Diz que tentou fugir às melodias do futebol, adaptando outras músicas, mas todos aqueles universitários e recém-licenciados, vestidos de laranja, não se dariam mal num estádio. Era vê-los há dias, repartidos pelos lados de um pequeno auditório, a berrar, alternadamente, "Manela!": pareciam os Superdragões e o Colectivo, em noite europeia no Dragão.

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Para "a voz" esta deve ser a última campanha
[PS]

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"A É militante do PS desde 1974 e há mais de 20 anos que assegura, em (quase) todas as campanhas, comícios e tempos de antena, a função de "speaker". Poucos lhe conhecerão o rosto, mas muitos já terão ouvido a sua voz, inconfundível, até pela presença na rádio e na televisão.

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Fernando Neves, de 48 anos, é "a voz" do PS. Começou a fazer este trabalho na primeira candidatura de Mário Soares à presidência da República, no longínquo ano de 1986, quando estava profissionalmente ligado à Antena 1 (passou também pela Comercial e foi um dos fundadores da TSF). Desde então, nunca mais parou: trabalhou com todos os líderes socialistas - Mário Soares, Vítor Constâncio, Jorge Sampaio, António Guterres e José Sócrates.

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Por estes dias, corre pelo país para animar as hostes em todos os comícios. Chega cerca de uma hora antes dos eventos, traz os seus discos e começa a preparar-se para mobilizar as pessoas. É ele que põe a música antes dos discursos e que apresenta, um a um, os intervenientes. Pelo meio, introduz frases que ajudam a mobilizar a plateia: "Aqui o nosso coração bate à Esquerda!" ou "olhem bem à vossa volta. A vossa força enche-nos de coragem. Esta é a imagem de um Portugal com futuro e ambição".

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Anteontem à noite, no pavilhão do ABC, em Braga, sentiu-se "emocionado". "Já fiz muitos comícios em Braga. Nunca vi nenhum como este". Apesar do "crescendo" que tem vindo a sentir nas ruas, Fernando Neves não arrisca um resultado. Aprendeu a esperar e a respeitar a vontade do povo.

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Aconteça o que acontecer, diz que provavelmente esta será a sua última campanha como "speaker". Foi pai de uma menina há 11 meses e quer dedicar-se à família. "Já é tempo de aparecer outra pessoa para fazer isto".

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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Xie Qianyun, fotógrafo retratista


Xie Qianyun, fotógrafo retratista 2009-09-21 11:15:42 cri (China Radio Internartional)

Xie Qianyun trabalha há 47 anos no Estúdio Fotográfico da China, o mais famoso em Beijing e em todo o país, e dedicou sua vida à fotografia. Neste programa, vamos conhecê-lo melhor.

Nascido em uma família de classe baixa em Beijing, Xie Qianyun tem sete irmãos. Para sustentar a família, após graduar-se na escola secundária, ele começou a trabalhar no Estúdio Fotográfico da China como estagiário em setembro de 1962.

Seu primeiro trabalho oficial no estúdio foi o de reparar fotografias, que exigia muita paciência e concentração. O chefe, a quem ele se refere como mestre, percebeu que ele era talentoso e gostava de tirar fotos, então o enviou para cortar negativos e lhe disse que depois que terminasse, poderia aprender com os fotógrafos do estúdio.

"O mestre me disse que eu podia aprender a fotografar, então eu sempre fazia hora extra para terminar o trabalho do dia seguinte na noite anterior. E assim eu tinha o dia inteiro para aprender com os fotógrafos do estúdio. Naquela época tínhamos diversas celebridades como clientes, e os fotógrafos usavam técnicas mais avançadas para retratá-los. Por isso eu me sentava num canto do estúdio e os observava ajustando a luz, a cadeira e também a postura dos clientes. À noite, depois que todos já tinham saído do estúdio, eu imitava os fotógrafos e praticava sozinho."

Pouco a pouco o mestre foi descobrindo que Xie era dedicado e profissional, e passou a lhe dar rolos de filme para praticar. Finalmente as fotos tiradas por Xie foram reconhecidas pelo mestre.

"Um vez fotografei um policial. O mestre viu e gostou. Ele ampliou o negativo para revelar em tamanho maior e a colocou no estúdio. Naquela altura, a mostra do Estúdio de Fotos da China era sobre uma paisagem especial de Wangfujing, mas o meu retrato sempre atraía a atenção do público. Depois de dar cor ao retrato, minha obra também foi inserida na mostra."

No fim de 1978 a China iniciou a reforma e abertura do país. Neste estúdio, Xie Qianyun também sentiu mudanças essenciais, principalmente no número de clientes.

"Foram grande mudanças. Antigamente vestíamos roupas azuis, cinzentas ou brancas e as pessoas não usavam jóias além da aliança de casamento. Agora os jovens vestem roupas modernas e coloridas, além de jóias e os mais variados acessórios. As pessoas não tinham o costume de tirar muitas fotos de casamento, enquanto hoje, uma única série inclui centenas de fotos. E quando são fotografadas, as noivas se maquiam bastante e trocam diversas vezes de vestido, de estilo antigo até o moderno, ocidental e nacional."

Nos últimos anos, muitos chineses que abriram estúdios de fotografia manifestaram interesse em contratar o Sr. Xie e chegaram a oferecer salários altíssimos, mas ele rejeitou pois aprendeu suas técnicas no Estúdio de Fotos da China e quer continuar dedicando-se a ele.

Hoje, com renome nacional, Xie é o único fotógrafo de nível e empregado modelo do país. Ele é responsável pelos retratos de vários políticos, artistas, estrelas do esporte e celebridades, e conquistou diversos prêmios. Alheio a tudo isso, Xie está feliz em ser uma pessoa comum e ainda procura entender melhor sua profissão.

"Todos buscam a beleza. Os fotógrafos precisam ser capazes de observar para distinguir rapidamente o melhor ângulo de um cliente e conhecer os diferentes usos de uma fotografia. Um fotógrafo não é somente um artista, mas também um diretor. Mesmo que esteja de mau humor, ao entrar no estúdio ele tem que se concentrar e esquecer de tudo. Cada foto é um teste de técnica e capacidade. Usando a luz como seu pincel, eles precisam mostrar o aspecto mais fascinante do cliente."

Xie Qianyun nunca parou de observar a vida, aprendeu das obras de outros fotógrafos e procurou inspirações no uso da luz e das cores em outras formas de arte, como cinema, televisão e revistas. De acordo com ele, tudo ao seu redor pode ser captado através de uma câmera. Xie não anda bem de saúde, mas quando fotografa ganha força. Ele acredita que sem paixão fotógrafos não conseguem bons resultados, e ele sempre mantém esse sentimento vivo pois tem profunda amizade por seus clientes.

"Quando tirei fotos em Zhuozhou estava doente. No dia seguinte, uma senhora se sentou à porta do estúdio e disse que queria falar comigo. Os funcionários explicaram que eu não conseguiria fotografar naquele dia, mas ela disse que não queria ser fotografada. Ela sabia que eu estava doente e queria me curar. Muitos outros clientes também me presentearam com frutas, calendários, alimentos…Eles são como minha família."

Ao longo dos anos, Xue e seus clientes estabeleceram uma amizade duradoura. Nas ruas de Beijing, sempre encontra aqueles que ainda se lembram dele. Um médico que começou a ser fotografado no estúdio de Xue quando tinha apenas três meses, lhe pediu para tirar fotos a cada seis meses até seu casamento. Hoje, o médico trouxe seu filho recém-nascido para o estúdio.

Depois de tirar retratos de diversas celebridades, Xie revelou que seu coração sempre estará com as pessoas comuns, porque esse é o tesouro mais precioso da fotografia, segundo os ensinamentos de seu mestre Yao Jingcai.

"O mestre nunca me elogiou na minha presença. Ele me ensinou com seus próprios atos. Por exemplo, quando fotografou clientes cujos sapatos estavam sujos, ele pegou seu próprio lenço para limpá-los. Na verdade foi um gesto simples, mas muitas pessoas não conseguiriam fazer isso. Eu o vi e pensei na grandeza do seu coração. Ao encontrá-lo novamente tempos depois perguntei se eu havia perdido seu respeito. E o mestre me respondeu que não. Imagine, somente com esta frase já me sinto muito mais do que satisfeito."

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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Mapplethorpe: clasicismo y reivindicación

Robert Mapplethorpe    Lisa Lyon , 1982           Lisa Lyon copyright © 1982 Robert Mapplethorpe Foundation   Reproducido con permiso

Robert Mapplethorpe
Lisa Lyon, 1982
Lisa Lyon copyright © 1982 Robert Mapplethorpe Foundation
Reproducido con permiso

Robert Mapplethorpe    Lydia Cheng , 1985   Lydia Cheng copyright © 1985 Robert Mapplethorpe Foundation   Reproducido con permiso

Robert Mapplethorpe
Lydia Cheng, 1985
Lydia Cheng copyright © 1985 Robert Mapplethorpe Foundation
Reproducido con permiso

Robert Mapplethorpe    Wheat , 1985   Wheat copyright © 1985 Robert Mapplethorpe Foundation   Reproducido con permiso

Robert Mapplethorpe
Wheat, 1985
Wheat copyright © 1985 Robert Mapplethorpe Foundation
Reproducido con permiso


CAC Málaga conmemora el vigésimo aniversario de la muerte del conocido fotógrafo




"Robert Mapplethorpe". Málaga, hasta el 15/11/09

CAC. MÁLAGA

Calle Alemania, s/n Málaga (España)

Desde el 11 de septiembre al 15 de noviembre de 2009 en el Centro de Arte Contemporáneo de Málaga
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Organizada por: Robert Mapplethorpe Foundation, CAC Málaga, TR 3 Building & National Gallery of Slovenia, Ljubljana (Eslovenia) y Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma
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Colabora: HCP Arquitectos Asociados
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Obras: 115 fotografías
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Algunas de las mejores instantáneas realizadas por el fotógrafo neoyorquino Robert Mapplethorpe entre 1975 y 1989 se exhiben desde el pasado 11 de septiembre en CAC Málaga coincidiendo con el vigésimo aniversario del fallecimiento del artista.
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Amante del retrato propio y ajeno, del desnudo masculino o femenino y de las escenas de contenido sexual, Mapplethorpe defendió desde su arte los derechos homosexuales en la Norteamérica de los años setenta y ochenta y dejó guiar su obra por una permanente búsqueda del resultado estético perfecto y de la belleza oculta, controlando siempre hasta el último detalle referido a proporciones, equilibrio, luces y sombras, texturas y actitudes, e intentando que sus fotografías lograsen una armonía propia del clasicismo pero desde un punto de vista reivindicativo y muy personal.
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Volcado en la fotografía desde los inicios de su carrera artística, en sus primeras Polaroids optó por retratarse a sí mismo y a su entonces pareja, la cantante, poeta y también creadora Patti Smith. En aquella etapa amor y drogas determinaron casi a partes iguales su proceso creativo, posteriormente se preocuparía por fotografiar a los miembros más granados de la cultura norteamericana del momento, así como flores y estatuas, en cuya existencia inanimada encontraba vida. Mejorando progresivamente las técnicas y formatos que empleaba en su trabajo, fue reconocido por crítica y público tras sendas retrospectivas que le dedicaron el Centro Georges Pompidou de París y el ICA de Londres, muestras a las que sucederían las que tuvieron lugar en el Whitney Museum de Nueva York y la National Portrait Gallery de la capital británica.
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Enfermo de sida desde 1986, aceleró a partir de aquel año, y hasta su muerte en 1989, su ritmo creativo, tratando de dotar a sus trabajos de una fuerza y consistencia que les convirtiese en perdurables. La Robert Mapplethorpe Foundation, creada por el propio artista diez meses antes de su fallecimiento, alberga su legado desde entonces, difunde su fotografía y apoya la investigación médica contra el VIH.
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Es la primera vez que se presenta en Andalucía una muestra dedicada a Robert Mapplethorpe, y a sus instantáneas transgresoras y visionarias. El director del CAC, Fernando Francés, se ha referido a ellas como construcciones formales de gran carga expresiva en las que se unen clasicismo y modernidad, referencias al retrato renacentista y la más viva contemporaneidad.
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INFORMACIÓN RELACIONADA

BiografíasMapplethorpe, Robert
Nueva York, 1946-1989
ExposicionesDesde y hacia el cuerpo humano
"Into Me / Out of Me". Berlín, hasta 02/07
ExposicionesCaras de la fotografía
"Rostros y máscaras. Fotografías de la colección Ordóñez-Falcón". Cuenca, hasta el 27/05/06
ExposicionesEn todas partes
"En todas partes. Políticas de la diversidad sexual en el arte". Santiago de Compostela, hasta el 20/09/09
Noticias Delicada potencia
San Petersburgo, 08/12/04
Noticias Las Flores de Robert Mapplethorpe visitan Barcelona
Barcelona, 5/12/01
Noticias Enigmática Patti Smith
Vitoria, 05/12/08
Noticias Deseo, género y homosexualidad como objetos de exposición
Colonia, 17/08/06
Noticias Selección fotográfica
California, 26/07/02
Noticias Photo San Francisco
San Francisco, 26/07/01
Noticias Ocultos
Madrid, 02/10/07
Vivir el instante
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in boletín masdearte.com/no. 343
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Ver Também

The Robert Mapplethorpe Foundation

- The Robert Mapplethorpe Foundation Inc. site with a biography, selected works, exhibition dates, mailing list and merchandise
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domingo, 20 de setembro de 2009

Lenin personal


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This short video shows Lenin in a different way.
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James Nachtwey - Fotógrafo de Guerra

15/5/2009

É guerra


Glauco Frizzera


Desde que o mundo é mundo vivemos em guerra. Nesse exato instante tem uma ou mais guerras em andamento pelas mais diferentes razões. Nossa sociedade involui como seres inteligentes, na mesma proporção em que evolui tecnologicamente. Embora triste, esse fato tem levado uma geração de fotógrafos como Roger Fenton, Alexander Gadner, Tonny Vaccaro, Robert Capa e outros a entrarem nesse inferno para documentar os horrores e o impacto das guerras na vida diária dos cidadãos.

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Capa dizia que há duas regras para ser um bom fotógrafo de guerra: primeiro, esteja perto do objeto. Segundo: chegue ainda mais perto. O excelente documentário “War Photographer” de Christian Frei, mostra o trabalho do fotógrafo James Nachtwey (http://www.jamesnachtwey.com/), que iniciou sua carreira de fotógrafo em 1976 e cobriu sua primeira guerra em 1981, na Irlanda do Norte. Daí em diante não parou mais; esteve em El Salvador, Nicarágua, Líbano, Afeganistão, Bósnia, e onde mais houvesse algum conflito.

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Nachtwey passou pelas mais conceituadas agências fotográficas do mundo, como a Black Star, onde ficou até 1985, indo depois para a Magnum. Ficou por lá até setembro 2001, quando decidiu fundar a Agência VII, uma das mais conceituadas da atualidade (http://www.viiphoto.com/).

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James Nachtwey se considera uma testemunha dos nossos tempos. Um seguidor no melhor estilo do fotógrafo social, que acredita estar mudando o mundo com suas imagens.

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Em seu Website ele se descreve: “Tenho sido uma testemunha e minhas fotos são o depoimento. Os eventos que tenho fotografado não podem ser esquecidos, mas também não deveriam ser repetidos.”

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O documentário de Frei recebeu a indicação ao Oscar em 2002 e alguns trechos podem ser vistos no YouTube: (http://www.youtube.com/watch?v=x3VoyjUP8hg).

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Resultados de imagens para "James Nachtwey "

http://pixdaus.com/index.php?pageno=13&tag=love&sort=taghttp://iso1975.blogspot.com/2008/06/fugindo-um-bocado-triste-poltica.htmlhttp://www.artnet.com/artwork/424021124/rwanda-1994.htmlhttp://thetravelphotographer.blogspot.com/2007_01_01_archive.html

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James Nachtwey

James Nachtwey has covered more wars than most, winning numberous awards through the 80s and 90s.
www.jamesnachtwey.com/

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James Nachtwey

From Wikipedia, the free encyclopedia

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James Nachtwey
James nachtwey waving.jpg
Born 1948
Syracuse, New York, USA
Occupation Photojournalist
Notable credit(s) See Awards, honors and films
Official website

James Nachtwey (born March 14, 1948[1]) is an influential American photojournalist and war photographer who has been awarded the Overseas Press Club's coveted Robert Capa Gold Medal an unprecedented 5 times. In 2003, he was injured by a grenade in an attack on his convoy while serving as a TIME contributing correspondent in Baghdad, from which he has made a full recovery.

Contents

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Photography

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Nachtwey started working as a newspaper photographer in 1976 at the Albuquerque Journal. In 1980, he moved to New York and began working as a freelance photographer. In 1981, Nachtwey covered his first overseas assignment in Northern Ireland illustrating civil strife. He has documented a variety of armed conflicts and social issues, spending time in South Africa, Latin America, the Middle East, Russia, Eastern Europe, the former Soviet Union shooting pictures of war, conflict and famine, and images of socio-political issues (pollution, crime and punishment) in Western Europe and the United States. He currently lives in New York City.

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In 1994, Nachtwey was covering the upcoming elections in South Africa, the first non-racial ones in decades. As an associate of the Bang-Bang Club, he was at the scene when Ken Oosterbroek was killed and Greg Marinovich was seriously injured.

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Nachtwey had been injured previously in his work, but it was during his extensive coverage of the United States invasion of Iraq that he received his first combat injury. As Nachtwey, along with TIME correspondent Michael Weisskopf rode in the back of a humvee with the United States Army "Tomb Raiders" Survey Platoon, an insurgent threw a grenade into the vehicle. Weisskopf grabbed the grenade to throw it out of the humvee, but it exploded in his hand. Two soldiers were injured in the explosion, along with the TIME journalists. Nachtwey managed to take several photographs of medic Billie Grimes treating Weisskopf before passing out. Both journalists were airlifted to Germany and later to hospitals in the United States. Nachtwey recovered sufficiently to return overseas to cover the tsunami in Southeast Asia of December 26, 2004.[2]

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Nachtwey has worked with TIME as a contract photographer since 1984. He worked for Black Star from 1980 until 1985 and was a member of Magnum Photos from 1986 until 2001. In 2001, he was a founding member of the VII Photo Agency.

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Nachtwey was present during the September 11, 2001 attacks on the World Trade Center, and produced a well known related body of work. He also compiled a photo essay on the effects of the Sudan conflict on civilians.

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Awards, honors and films

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Nachtwey photographs have been exhibited throughout Europe and the United States and he has received numerous prizes and awards including the World Press Photo award in 1994. Nachtwey has also been awarded the Overseas Press Club's coveted Robert Capa Gold Medal an unprecedented 5 times, in 1983, 1984, 1986, 1994 and 1998. In 2001, the documentary War Photographer was released, focusing on Nachtwey and his work. Directed by Christian Frei, the film received an Academy Award nomination for best documentary film.

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In 2006, Nachtwey was awarded a Heinz Award from the Heinz Family Foundation, which carries a US $250,000 prize, for his body of work. Nachtwey is also one of three winners of the 2007 TED Prize. Each recipient was granted $100,000 and one "world-changing wish" to be revealed at the 2007 TED conference, in Monterey, California. Many members of the TED Community, and a group of world-class companies, have pledged support to help fulfill the wishes. Nachtwey's wish, revealed March 8, 2007, is this: "There's a vital story that needs to be told, and I wish for TED to help me gain access to it and then to help me come up with innovative and exciting ways to use news photography in the digital era."[3] Those who wish to help him will sign an NDA and help him "gain access to a place in the world where a critical situation is occurring and fully document it with photography; set a date to unveil the pictures and find a series of innovative ways to create powerful impact with them, using novel display technologies and the power of the Internet as well as media; and use the campaign to generate resources for organizations that are working to address and transform the situation." Early results of this work have been unveiled at XDRTB.org to document extensively drug-resistant tuberculosis throughout the world.

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References

  1. ^ biography.com
  2. ^ Ratnesar, Ramesh; Weisskopf, Michael (December 2003). "Portrait of a Platoon". TIME. http://www.time.com/time/subscriber/personoftheyear/2003/poyplatoon.html.
  3. ^ James Nachtwey's TED price acceptance talk, TED, March 2007, http://www.ted.com/talks/james_nachtwey_s_searing_pictures_of_war.html

External links

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