* Victor Nogueira
Os moinhos de água foram introduzidos no actual território português pelos romanos como provam os vestígios materiais encontrados. Difun diram-se em larga escala, nos séculos seguintes, por influência dos «senhores» quer laicos quer religiosos. Este investimento senhorial em moinhos hidráulicos está associado por um lado à emancipação e êxodo dos camponeses e por outro ao movimento das arroteias, ou seja à expansão das áreas agrícolas. Em Portugal encontram-se dois tipos de moinhos de água, os de roda horizontal ou rodízio, denominados de azenhas do árabe acenia. De roda horizontal são também os moinhos de maré, menos frequentes no espaço português.
Um moinho de água, ou azenha, é qualquer tipo de mecanismo capaz de aproveitar a energia cinética da movimentação de águas, e que permite moer grãos, irrigar grandes arrozais, drenar terras alagadas e até gerar electricidade.
Normalmente constroem-se diques que param o curso da água acumulando-a num reservatório a que se chama albufeira ou represa. Noutros casos, existem diques (açudes) que não param o curso natural da água, mas obriga-a a passar por um desvio que a leva até o moinho.
Há centenas de anos que o movimento da água é usado nos moinhos. A passagem da água faz mover rodízios de madeira que estão ligados a uma mó (pedra redonda muito pesada). Esta, mói o cereal (trigo, milho, cevada, aveia, etc.) transformando-o em farinha. Estas são as estruturas mais primitivas conhecida de aproveitamento da energia cinética das águas dos rios e ribeiros. Modernamente, certas corredeiras e quedas d'água provisórias, onde eram instalados esses moinhos, são usadas para produzir energia elétrica.
Um moinho de maré é um tipo de moinho movido pelo movimento da água, causado pelo desnível das marés nos estuários de rios. A evolução tecnológica tornou estes engenhos obsoletos, pelo que a sua actividade foi encerrada há muitos anos. Porém, alguns deles em Portugal, podem ainda ser visitados, principalmente na margem sul do estuário do Tejo.
Os moinhos de maré eram formados por uma caldeira que se enchia de água, através de uma porta de água (adufa), quando a maré enchia, fechando-se em seguida, até à descida das águas, e por uma construção onde se situavam diversas moendas (pares de mós) que se destinavam ao fabrico de farinha. Quando a maré vazava, abriam-se passagens para a saída das águas que faziam mover um número variável de moendas (normalmente entre três e dez) (Wikipedia)
Os selos seguintes reproduzem uma enorme variedade de moinhos em muitos países, de formas e aspecto diferentes, uns de madeira, outros de pedra.
Moinhos de água ou azenhas
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