Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quinta-feira, 30 de junho de 2022

Pontes (31) - em fotos de capa em junho 24 a 30

 * Victor Nogueira

Oeiras

Ribeira de Barcarena, Ilha dos Amores (Parque dos Poetas)


2022 06 24 - Foto victor nogueira - Oeiras - Ponte na Ilha dos Amores, no Parque dos Poetas (GEDC1022)


 2022 06 25Foto victor nogueira - Parque dos Poetas - a Ilha dos Amores (Camões), a ponte sobre o largo e as ninfas


2022 06 26 - Foto victor nogueira - Oeiras - ponte na Ribeira da Laje, que atravessa os Jardins do Palácio do Marquês de Pombal (IMG_1028)


2022 06 27 -  foto victor nogueira - Oeiras - passagem pedonal aérea na Avenida António Maria Cabral de Macedo e carril aéreo do desactivado SATU (transporte ferroviário desde Paço de Arcos ao CCOP) (IMG_3323)


2022 06 28 - Foto victor nogueira - Oeiras - Ribeira da Laje vista duma das pontes que liga o Jardim Público ao parque de campismo (IMG_5970)

Numa das margens um verde que parece naturalmente selvagem. bucólico, e na outra, em contraste, o "caos" do parque de campismo e duma feira com a lataria dos automóveis. Os prazeres do campismo ao ar livre e despoluído combinarão com parques de campismo no meio das urbes, do bulício e da poluição?


2022 06 29 - Foto victor nogueira - Oeiras ~ Rua Desembargador Faria - ponte sobre a Ribeira da Laje, entre o Palácio do Marquês de Pombal e o Jardim Municipal (IMG_3789)


2022 06 30 - Foto victor nogueira - Oeiras - Rua José Diogo da Silva - Viaduto ferroviário que atravessa a Ribeira de Barcarena e o Jardim Público (IMG_3266)

segunda-feira, 27 de junho de 2022

Quiosques (38) - Lisboa, na Avenida da Ribeira das Naus

 * Victor Nogueira

A Ribeira da Naus onde há séculos se localizavam estaleiros navais,  é um espaço público que foi reabilitado, situando-se entre o Cais do Sodré e a Praça do Comércio (antigo Terreiro do Paço). O bulício quinhentista de carpinteiros calafates foi agora substituído pelo bulício automóvel e de pedestres passeando calmamente á beira Rio Tejo, conversando, fotografando ou contemplando o horizonte até á outra margem. Uma praia fluvial foi recuperada, embora interdita a banhos.

Defronte ao Terreiro do Paço localiza-se o Cais das Colunas, enquanto entre este e o Cais do Sodré encontramos a Avenida da Ribeira das Naus. Junto ao Rio, localiza-se o Quiosque da Ribeira das Naus, e, perto dele, foi erguido um monumento dedicado a Almada Negreiros (1893 – 1970), escultor e artista plástico português. O quiosque, com esplanada, serve refeições em mesas ao ar livre, para além de espreguiçadeiras para relaxar ou ler, gozando a soalheira ou mirando a paisagem.












Iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa, a obra Reminiscência de Almada Negreiros representa os famosos "olhos de Almada a olhar para nós". sendo seus autores Catarina Almada Negreiros e Rita Almada Negreiros. Foi inaugurada em Julho de 2013 no âmbito das comemorações dos 120 anos do nascimento do artista.



Almada Negreiros -  'Auto-reminiscência de Paris', [1949]

«Os olhos são para ver e o que os olhos vêem só o desenho o sabe.» / «Os olhos da nossa memória vêem melhor do que os nossos.» / «Os meus olhos não são meus, são os olhos do nosso século!» (frases de Almada Negreiros)

Fotos em 2017 e 2020




Cais das Colunas, defronte ao Terreiro do Paço (fotos em 1975 e 2020)


Cacilheiros





Passeantes á beira Tejo














Coretos 54 - Tavira

 * Victor Nogueira

De Tavira a Susana enviou-me fotos do coreto, engalanado, talvez em resultado das Festas Juninas que (por quase) todo o Planeta Terra se  realizam, com bailaricos, tascas, fogueiras, arraiais e (alguns) namoricos.


 

Fotos Susana Silva 2022 06

Ferrovias (10) - Estações em Lisboa (2ª edição)

  * Victor Nogueira

Estas fotos foram tiradas por mim no presente milénio, viajando no chamado lugar do pendura, à passagem do Fiesta II, em variados estados do tempo, No entanto três delas são de 1976. Nesta publicação figuram as estações de Alcântara-Mar, Belém, Cais do Sodré, Gare do Oriente, Santa Apolónia, Santos e Sul e Sueste (fluvial).


Belém


Em 30 de Setembro de 1889, foi inaugurado o primeiro lanço da Linha de Cascais, de Pedrouços a Cascais, e em 6 de Dezembro de 1890 entrou ao serviço o troço entre Pedrouços e Alcântara-Mar, pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses. Em Junho de 1896, estava a ser instalada a via definitiva neste troço, que passaria a ser em linha dupla, e estava em construção uma estação nova para Belém, que ficaria noutro local, mas com o mesmo alinhamento em relação à praça.

Em 1932, a Sociedade Estoril inaugurou um novo edifício de passageiros, para substituir um barracão temporário que tinha sido construído para esse fim e, no ano seguinte, foi construído um abrigo.




 Alcântara-Mar





Esta estação situa-se junto à Avenida da Índia, em Lisboa e foi inaugurada, como terminal provisório do Ramal de Cascais, em 6 de Dezembro de 1890. Em 1891, foi inaugurado o ramal até Alcântara-Terra. Na década de 1920, a estação foi alvo de profundas obras de remodelação, tendo sido electrificadas as vias e construído um novo edifício de passageiros, desenhado pelo arquitecto Cottinelli Telmo

Santos


O troço entre as Estações de Alcântara-Mar e Cais do Sodré, onde esta interface se insere, foi aberto à exploração em 4 de Setembro de 1895, pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses. Até pelo menos 1902, Santos tinha estatuto de apeadeiro. Na sequência de contrato assinado em 1918 a Sociedade Estoril passou a explorar a Linha de Cascais. Esta empresa iniciou um projecto de modernização e electrificação da Linha, no âmbito do qual se levou a cabo a reconstrução de várias estações, incluindo Santos, tendo a cerimónia de inauguração da tracção eléctrica ocorrido em 18 de Agosto de 1926.

Cais do Sodré










Chegada dum comboio

Esta estação situa-se junto à Praça Duque de Terceira, na freguesia de Misericórdia (São Paulo), em Lisboa. Em 6 de Dezembro de 1890, a Linha de Cascais chegou a Alcântara-Mar, e em 4 de Setembro de 1895, foi prolongada até ao Cais do Sodré, concluindo aquele caminho de ferro. A estação original do Cais do Sodré era apenas composta por um edifício modesto, construído em madeira. Embora este edifício tenha sido construído apenas de forma provisória, os sucessivos atrasos na construção da estação definitiva levaram a que tenha sido utilizado durante muitos anos, situação que também se verificou noutros pontos do país. O edifício actual apresenta um estilo modernista e foi projectado pelo arquitecto Pardal Monteiro, sendo inaugurado em 1928 

Gare do Oriente



Projectada pelo arquitecto e engenheiro espanhol Santiago Calatrava, ficou concluída em 1998 para servir a Expo’98, e, posteriormente, o Parque das Nações.


Santa Apolónia


Lisboa e Santa Apolónia com a cúpula de Santa Engrácia (Panteão Nacional) ao fundo e em cima, numa tarde pluviosa. Á esquerda o Museu Militar e à direita a Estação ferroviária de Santa Apolónia.










Originalmente planeada como uma gare ferroviária e fluvial, entrou ao serviço apenas como uma gare provisória em 28 de Outubro de 1856, quando foi inaugurado o primeiro lanço de via férrea em Portugal, até ao Carregado.  

A fachada principal, simétrica, apresenta-se do estilo neoclássico, como pode ser comprovado pela decoração das sacadas, pelo frontão e arquitrave, os arcos de volta perfeita e a saliência no módulo principal. O projecto foi realizado por Angel Arribas Ugarte, e a obra foi conduzida pelo engenheiro-director, João Evangelista de Abreu, e pelo engenheiro-chefe, Lecrenier. A estação foi inaugurada em 1 de Maio de 1865,entrando ao serviço logo nesse dia. Em 190 foi acrescentado um 3º piso.

Sul e Sueste (fluvial) 







1976 - (foto MNS)



(1976)



Esta estação foi inaugurada em 28 de Maio de 1932. tendo sido projectada por Cottinelli Telmo, no estilo Art Déco, sendo considerada como um exemplo da abertura ao modernismo internacional. De concepção inovadora, demonstrou as capacidades constructivas do betão armado,

VER   Estações ferroviárias de Lisboa‎