Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Gotthard Schuh: una nueva visión



   
Gotthard Schuh. El salto al agua, Zúrich, 1955-56 Vintage Fotostiftung Schweiz, Winterthur © Fotostiftung Schweiz, Winterthur
Gotthard Schuh: una nueva visión
Fundación MAPFRE presenta la obra del fotógrafo suizo por primera vez en España





"Gotthard Schuh"

FUNDACIÓN MAPFRE. SALA AZCA
Avda. General Perón, 40 Portal D
1ª planta 28020 Madrid
Del 14 de diciembre de 2011 al 19 de febrero de 2012
Lunes, de 14:00 a 21:00 horas
De martes a sábado, de 10:00 a 21:00 horas
Domingos y festivos, de 12:00 a 20:00 horas








Del 14 de diciembre de 2011 al 19 de febrero de 2012, en Fundación MAPFRE. Sala Azca

Comisario: Peter Pfrunder

Obras: 113 fotografías

Organizan: Fundación MAPFRE y Fotostiftung Schweiz de Winterthur


Se inició como pintor y alcanzó reconocimiento como tal, pero desde 1930 optó por dedicarse por completo a la fotografía uniéndose a aquella revolución estética que, ya desde finales de los veinte, proponía una nueva visión. El suizo vio en el fotoperiodismo la herramienta perfecta para desarrollar sus ideas plásticas y se convirtió en colaborador fijo de la revista Zürcher Illustrierte, que reunía a los grandes talentos de su país en el ámbito del reportaje gráfico.

Buscando siempre mecanismos para escapar de lo cotidiano, Schuh se trasladó a París, donde comenzó a poner en práctica un estilo que podría calificarse comorealismo poético y que tenía como elementos clave la sensibilidad psicológica, la densidad de ambientes y la expresión de emocionesLas mujeres, la noche y el erotismo son el eje de sus instantáneas y le sirven para tomar el pulso de la vida, la joie de vivre propia de la capital francesa que quiso convertir en el centro de sus trabajos.

El diseño y los efectos ópticos desarrollan un papel esencial en la producción del suizo, tanto como el misterio y la tensión que es capaz de imprimir a través de perspectivas inhabituales y de la precisa representación de lo superficial.

Posteriormente pasó a trabajar y residir en Zürich, y a esta ciudad dedicó en 1935 su primer libro de fotografías, un volumen que va más allá de lo documental y de la guía turística. No obstante, y aún por encargo de Zürcher Illustrierte, realiza reportajes en toda Europa abordando todo tipo de temas: culturales, sociales, políticos, deportivos…hasta 1941, fecha en que dejó de trabajar como reportero independiente para convertirse en el primer redactor gráfico de la publicación Neue Zürcher Zeitung.

Gotthard Schuh. La hija de siete años del príncipe de Saba da clase de baile, Bali, 1938 Copia de época Fotostiftung Schweiz, Winterthur © Fotostiftung Schweiz, Winterthur      Gotthard Schuh. Noche de invierno ante el Teatro Municipal, Zúrich, 1932-1935 Copia moderna Fotostiftung Schweiz, Winterthur © Fotostiftung Schweiz, Winterthur

Años antes, en 1938, había emprendido viaje a Asia (Singapur, Java, Sumatra y Balí). Allí permaneció durante once meses y, como resultado de aquella estancia, vio la luz el libro Islas de los dioses (1941): un subjetivo relato de viaje en el que realidad y fantasía se mezclan a lo largo de tres capítulos que intercalan textos personales y muy detallados con imágenes sensuales de la vida cotidiana de las islas.

Pese a editarse en plena II Guerra Mundial, Islas de los dioses se convirtió en uno de los libros emblemáticos de la fotografía suiza. En una etapa en la que la creación cultural de este país se volcaba en la consolidación de la identidad patria, esta obra trasladaba a sus lectores a un paraíso lejano, a su naturaleza, su paisaje, su cultura y su espiritualidad. Al autor, las armoniosas y vitales imágenes tomadas le sirvieron para buscar la belleza y escapar de sus propios fantasmas interiores.

Siendo redactor gráfico de Neue Zürcher Zeitung, Gotthard Schuh cofundó el suplemento Das Wochenende, en el que se publicaban trabajos de fotógrafos noveles y consolidados. Sus propias obras las publicó en diversos libros dedicados a Italia(1953), el Tesino (1961) y Venecia (1964), así como en Encuentros (1956), volumen en el que el suizo combinó imágenes antiguas y recientes basadas en encuentros entre personas, paisajes y cosas contemplados desde un punto de vista muy subjetivo.

Fue amigo y mentor de Robert Frank y cofundó en 1950 la asociación Kollegium Schweizerischer Photographen, que programó varias exposiciones y otorgó gran valor a la expresión subjetiva e individual en la fotografía, reivindicando la ausencia de finalidad en ésta. Se disolvió en 1956 por divergencias entre sus miembros, pero dio lugar a una noción de fotografía como expresión independiente con una vida formal y sensorial propia.

En paralelo a la muestra, Fundación MAPFRE ha preparado un completo programa de actividades didácticas que incluye visitas-taller dirigidas a colegios y familias y talleres de fotografía. Además, ha editado la primera publicación en castellano dedicada a Gotthard Schuh, con textos de Peter Pfrunder, Guido Magnaguagno, Martin Gasser y Gilles Mora.

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Gotthard Schuh
Paseo de domingo en el lago Maggiore, Tesino, años 50
Vintage
Fotostiftung Schweiz, Winterthur
alt
Gotthard Schuh
Verano, 1955
Copia moderna
Fotostiftung Schweiz, Winterthur

Extra masdearte: E.O. Hoppé y Lewis Hine. Lo mejor de ambos fotógrafos en la Fundación MAPFRE








O reencontro


27/02/12

Estação da Amadora

1 comentários
Depois de passar a porta que mostro em baixo, cuja parede é forrada de pequenos mozaicos formando um belo Graffiti, reparei que as escadarias que nos levam á entrada da avenida são iluminadas por modernos mas interessantes candeeiros, mas vi também que estes são os lugares predilectos dos pombos que tomaram de assalto a cidade tal como fizeram a Lisboa.
Corro o risco de ver os protectores dos animais se voltarem contra mim, mas paciência, não tenho culpa de gostar de pombos e ao mesmo tempo gostar do que de Belo e arte o nosso pobre País ainda tem para nos mostrar.
É que o resultado final foi este, e eu pergunto quanto tempo nos falta para tudo esteja assim...?

Coleção Pirelli/Masp completa 21 anos como a maior do País Simonetta Persichetti Coleção Pirelli/Masp completa 21 anos como a maior do País Simonetta Persichetti

odiario.com

Simonetta Persichetti

A Coleção Pirelli/Masp completa este ano a sua maioridade. Chega aos 21 anos e podemos dizer que é o acervo mais longevo do Brasil, no que diz respeito à parceria entre um museu e uma empresa patrocinadora. Para comemorar, o conselho de consultores resolveu fazer um retrospectiva que será inaugurada hoje para convidados e começa amanhã no Museu de Arte de São Paulo (Masp), na capital paulista.



Uma maneira de pensar e de alguma maneira revisitar toda a coleção que conta com 300 artistas e quase 1.100 imagens: "O resultado foi, então, fazer uma espécie de arqueologia de nós mesmos e, ao olhar para a própria coleção, decidimos romper com a tradição e assumir indistintamente os dez artistas que foram influentes e decisivos na criação das tendências que nortearam a fotografia moderna e contemporânea brasileira", escreve no texto de apresentação Rubens Fernandes Junior, pesquisador e integrante do conselho curador da Pirelli/Masp.

Fotos: Divulgação


Alécio de Andrade: "Grand Palais" (Paris), 1975: obra integra o acervo de 1.100 imagens que ganha retrospectiva a partir de hoje no Masp, em São Paulo

E é assim que encontramos as fotos de rua, de cotidiano de Alécio de Andrade, os retratos de Otto Stupakoff, as imagens intrigantes de Miguel Rio Branco e o incrível trabalho de Claudia Andujar, as fotografias documentais de Pierre Verger e Marcel Gautherot, o jornalismo do pioneiro do fotojornalismo no Brasil, José Medeiros, a ruptura do pictorialismo para a modernidade de Geraldo de Barros, os experimentalismos de Rosangela Rennó, ela mais artista plástica do que fotógrafa, a excelência de Mario Cravo Neto. São 100 imagens, 30 inéditas e 70 que já faziam parte do acervo.





Eixo curatorial

"Lord of the Head", Mário Cravo Neto , 1988
Se não é fácil manter uma coleção desse porte com a obrigatoriedade de a cada ano apresentar novos profissionais com escolhas nem sempre felizes ou significativas, esta pausa de reflexão é ótima oportunidade para repensar o eixo curatorial. Como diz Fernandes Junior: "Neste momento, nos colocamos uma série de perguntas para avaliar erros e acertos". Momento também de perdas para o conselho, com a morte de Luiz Hossaka e Thomaz Farkas, que desde o início ajudaram na formação estética da coleção.
O projeto teve início em 1990 sob a coordenação de Fernando Magalhães, na época conservador chefe do Museu de Arte de São Paulo; e Piero della Serra, diretor superintendente da Pirelli no Brasil, mas somente em 1991 foi apresentada a primeira mostra.
"Homem com Peixe", de Marcel Gautherot, 1945
A ideia era percorrer o País e formar uma coleção da produção brasileira. Fernandes Junior, no texto de apresentação desta edição, nos lembra que Boris Kossoy, ao apresentar a primeira edição destacava no catálogo que a iniciativa é "um passo importante para que se possa, aos poucos, obter um mosaico coerente da fotografia contemporânea. (...)O mais importante ainda está por conta do futuro, a esperança de que o projeto tenha a sua devida continuidade, pois só ao longo do tempo a coleção irá amadurecendo e tomando forma, estabelecendo, enfim, uma identidade própria.

Assim nasce uma coleção representativa e digna. Valorizar e reunir criteriosa e sistematicamente a obra dos autores de reconhecido mérito, como também daqueles que ainda devemos descobrir, é a meta a ser alcançada".
NÚMEROS

300
artistas e quase 

1.100
imagens compõem a 
Coleção Pirelli/Masp
Parece que tem dado certo. Só nos resta esperar agora um nova leva de jovens profissionais que, cada vez mais, tem ajudado a repensar a fotografia brasileira e, a partir dos destaques apresentados agora, superem os mestres e nos apresentem novos olhares, novas possibilidades imagéticas.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Fotografia: ser ou não ser arte,eis a Questão!- por: Viriato Moura



Publicada em 27/02/2012 - 08:30   /  Autor:  Viriato Moura


Se há pretensos artistas que não o são de fato, existem aqueles que produzem arte sem a consciência
A princípio, para que se defina uma obra como sendo "de arte", faz-se preciso consultar os léxicos para, à luz da semântica, defini-la como tal.  Onde achávamos que íamos encontrar a resposta definitiva, deparamo-nos com o primeiro obstáculo visto que arte tem muitos significados, inclusive um tão genérico que quase nada diz:"Execução prática de uma ideia".  O professor Armindo Trevisan, em seu livro “Como compreender a arte“, nos dá uma pista convincente: “A obra de arte é um objeto de prazer, que visa a provocar determinada experiência gratificante, que consiste numa espécie de vivência sensorial-perceptivo-intelectual, onde são engajadas especialmente a memória e a imaginação”.


A ideia de arte está visceralmente vinculada à estética, esta que determina o caráter do belo nas produções naturais e artísticas. Como não poderia deixar de ser, a arte anda de mãos dadas com a filosofia—foi com Heidegger e Merleau-Ponty que uma filosofia da arte se tornou realmente possível –,   e tem a ver com harmonia das formas e coloridos. Quem se propõe a produzir arte, por óbvio se lança em direção à sensibilidade do outro com propósito de emocioná-lo. Advirta-se, porém, que quando se trata de emoção estética, não devemos considerá-la uma “emoção sem inteligência”, mas uma "emoção da inteligência”, como refere Raymond  Bayer em  Traite’d’Esthétique (Tratado de Estética). Em seu livro “A Obra de Arte”, Michel Harr, professor de filosofia e estética contemporânea na Universidade de Paris XII, destaca: “A arte não é mais que que um instrumento, quer para o artista, quer para o espectador, uma via de acesso ao estado estético.



Se há pretensos artistas que não o são de fato, existem aqueles que produzem arte sem a consciência de estar fazendo arte. Porque a intenção de produzir arte tem relevância relativa no resultado final da obra. É preciso que, além do propósito, haja talento artístico e conhecimento dos modos e ferramentas para viabilizá-la. "Ser fotógrafo é colocar na mesma linha de mira o olho, a cabeça e o coração", escreveu Henri Cartier-Bresson (1908-2004), o pai do fotojornalismo. E Antoine de Saint- Exupéry (1900-1044), que se consagrou com “ O Pequeno Príncipe”, observa: "Você vê apenas com o coração; o essencial é invisível aos olhos". Ambos destacam o valor da emoção na percepção do além da materialidade. É a visão dos significados; a visão do que não é visto pelos olhos do corpo. Por sua vez, o pintor e poeta suíço Paul Klee (1879-1940) conclui: "A arte não reproduz o que vemos. Ela nos faz ver". Fazer com que as pessoas vejam (percebam) além do que a imagem explicita, eis o que deve pretender o artista visual.



A fotografia, portanto, pode ser ou não arte; assim como todas as demais expressões tidas como “de arte”. Todas elas apenas se candidatam a viabilizar uma obra que seja verdadeiramente de arte. No caso da fotografia, a câmera disponibiliza a quem aciona seu disparador um meio técnico de “transpor o que sente no que quer fazer sentir”, como escreveu o romancista e filósofo Albert Camus (1913-1960), referindo-se a escritores. Nessa condição, o fotógrafo revela algo em sua obra, mas também se revela, como qualquer um que faça arte, como destaca Trevisan. Por isso, ser artista implica em expor, de algum modo, recônditos de seu próprio eu. 



A relevância de uma obra de arte pode ser tamanha a ponto de mudar o jeito de seu espectador olhar a vida e o mundo. Daí a responsabilidade implícita do artista com essa assertiva. Assim como uma obra pode provocar encantamentos, ela pode expressar ideais e ideologias. Pode concordar, denunciar, contestar, reivindicar. Pode ser afago, mas também agressão, transgressão. Incitar a reações diversas e se comprometer responsavelmente com elas, eis uma força que deve mover o artista ao executar sua obra. Reações tão variáveis quanto às possibilidades humanas de ser. Charles Boudelaire (1821-1867), poeta e teórico da arte francesa, destacou um aspecto dessa premissa: “O importante na obra de arte é o espanto”.  Anos depois, sobre esse prisma, assim se manifestou Georges Braque (1882-1963), pintor e escultor  francês que criou o Cubismo junto com Pablo Picasso: “A arte existe para perturbar”.



A fotografia enquanto veículo de expressão artística usa a imagem para ser; todavia, diferente de outras artes visuais como o pintura e a escultura, por exemplo, que constroem imagens a partir de algo que existe, ou não. Neste contexto, diferentes da fotografia, que é contida no âmbito da realidade plástica existente – condição que limita o ato criativo nela contido. Porque não se pode fotografar o que não existe. Outra diferença diz respeito à intervenção no estado da obra. A outros artistas visuais é permitido além de figurar, transfigurar e até romper com todos os conceitos e preconceitos plásticos para produzir sua obra. Quando o fotógrafo tenta transformar a realidade fotografada, intervindo nas imagens que a câmera capta, adentra no campo minado da negação dos meios fotográficos, e, com isso, atesta que a fotografia em si é insuficiente para expressar plenamente o que pretende. Assim, também assume sua incapacidade enquanto fotógrafo em dialogar com o espectador de sua obra através dos diversos meios que a fotografia oferece. Meios, como se sabe, mais do que suficientes para se fazer dela uma obra de arte.



Uma imagem pode gerar em quem a observar as mais diversas sensações porque remete à cena dos fatos, a feição e a indumentária das pessoas, a forma dos seres e objetos, as condições climáticas; a época e até a hora em que a foto foi feita, em alguns casos. A fotografia, quando sem intervenção de outras artes, é mais fiel à imagem mostrada, aonde as percepções chegam mais próximas ao instante fotografado. Daí ser ela a testemunha de maior credibilidade. 

O fotógrafo, no exercício de sua arte, pode transitar por outras artes. Pode ”contar” histórias, "cantar" canções, "declamar" versos através de seus retratos. Warley Tomaz dá uma dimensão poética a esse artista da imagem: “O fotógrafo é um poeta que a partir de seu olhar proclama versos eternizados nas imagens de sua arte”. Pode assemelhar-se aos grandes mestres da pintura valendo-se de tonalidades de cores, jogo de luz e sombra, perspectivas, enquadramentos. À guisa de exemplo, as fotos da norte-americana Nan Goldin, segundo alguns, remetem à luz de Caravaggio (1563-1610), pintor italiano de nomeada, e ao erotismo de Delacroix (1798-1863), um dos mais importantes pintores do romantismo francês. O fotógrafo pode até ousar se aproximar dos escultores, ainda que disponha apenas de uma dimensão para expressar sua arte, valendo-se de contrastes que possam dar volume à imagem fotografada.  



No momento de fotografar temos em nossas mãos a implícita oportunidade de fazer desse ato uma obra de arte. Daí a procedente advertência de Cartier-Bresson aos que pretendem se assumir como fotógrafos: "É preciso fotografar sempre com o maior respeito pelo tema e por si próprio". Desde logo, portanto, devemos eximir de culpa os meios fotográficos se o objetivo de produzir arte não for alcançado. Porque, em essência, o mais nobre e edificante motivo de existir da fotografia é ser arte.