Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Santuários 15 - Nossa Senhora da Conceição da Muxima (Angola)

* Victor Nogueira


A Muxima, nas margens do Rio Quanza, foi fundada em 1599 e nela se encontram a Igreja e Santuário de Nossa Senhora da Conceição da Muxima, cuja imagem é a mais venerada e de maior devoção popular em Angola e em toda a África. O seu forte edificado em 1581 e profundamente remodelado no século seguinte, com funções similares às de Massangano. Também neste forte e presídio se refugiaram e resistiram os portugueses durante a ocupação holandesa de Angola (1641 a 1648) (Wikipedia) A imagem de N. Sra da Muxima é venerada pelos povos angolanos.





Muxima – Igreja de N. Sra da Conceição e Rio Cuanza – postal ilustrado (cerca de 1940) ([1])
Igreja de N. Sra da Muxima ([2])
Igreja de Nossa Sra da Muxima - postal ilustrado c. 1902 ([3])



O conjunto musical angolano Duo Ouro Negro tem a este santuário dedicada uma música, “Muxima





Muxima ue ue, muxima ue ue, muxima
Muxima ue ue, muxima ue ue, muxima
Se uamgambé uamga uami
Gaungui beke muá Santana
Muxima ue ue, muxima ue ue, muxima
Muxima ue ue, muxima ue ue, muxima
Se dizes que sou feiticeiro
Leva-me então a Santana
Kuato dilagi mugibê
Kuato dilagi mugibê
Kuato dilagi mugibê
Lagi ni lagi kazókaua
Muxima ue ue, muxima ue ue, muxima
Muxima ue ue, muxima ue ue, muxima





[1] - In Loureiro, João - “Memórias de Luanda” Edição MaisImagem Comunicação Global Lda, Lisboa 2002
[2] - in Batalha, Fernando – Povoações históricas de Angola, Livros Horizonte Lisboa, 2008
[3] - in Delcamp.net

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