Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Faróis em Luanda

* Victor Nogueira

Farol das Lagostas (Barra do Rio Dande)

Às 17 horas fomos ao farol das Lagostas lanchar. Bebi pela primeira vez “Coco-Pinha”. Bebemos champanhe. (...) Eu, o pai, o José João e o guarda subimos subimos ao farol. Percebi como é que a luz do farol anda à roda.

Tive um bocado de medo ao subir e descer as escadas, pois eram em ferro e em forma de caracol. Tínhamos de subir agarrados aos degraus. Foi o 3º farol que vi. O outro foi o da Ilha do Cabo. 

No terraço do farol das Lagostas estava muito frio. Também vi o farol de Ponta Negra, quando lá estive. (Diário - 1959.01.04) (Diário III pág. 87)









Farol da Ilha do Cabo






O primitivo farol, que conheci, mas de cuja configuração não me recordo, teria sido construído nos anos ’30 de século XX e tenho a ideia de que foi tragado pelas águas durante uma das violentas calemas, que destruíram na altura algumas das vivendas na ponta da Ilha edificadas. Este farol seria uma torre quadrada, pintado de branco, montado num edifício. Em 2002 foi erguido um novo farol.






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