Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

terça-feira, 27 de outubro de 2020

o artista visto por outros artistas e por ele próprio

 * Victor Nogueira




Por Carlos Barradas, em 1966 (Luanda), para a Festa dos Finalistas do Liceu Nacional Salvador Correia


Por Carlos Barradas - Luanda, 1966



Por Aníbal Queiroga, Évora 1970 04 20


Em Évora - 1970.02. Apesar da assinatura, não me recordo de quem é a autoria

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[La Poésie]

“Et pour toi mil fois merde
“je te le dis!
“que sais-tu de poésie, toi
“qui regarde les journaux
“aux yeux avides de voisine
“qui aime trop les nouvelles
“qui ne veut que savoir
“ce qui se passe au monde?”

“La poésie c’est tout autre chose
“La poésie c’est l’ indisible
“Ce qu’ on ne voit pas
“Ce qu’ on aime trop
“Pour pouvoir le dire!”

 
Por Guida Morgado, em 1971.Julho.24 - Évora


(...)
Por Évora deambulando
Em passos lentos no Arcada;
as últimas novas, contando
com uma fina gargalhada
(...)

Por Carlos Nunes da Ponte em 1973.01.05



Por Camilo Monteiro em 1973.01.05

Este dedo assinalado
Não é para descuidar.
Tem pretensões, é ousado
É dedo parlamentar !

É de Aragão e Avis

Que a voz não te esmoreça
Vamos cantar

NOTA - a história do Aragão e Avis tem história. Havendo algum sangue azul no isese, embora tão vermelho como o meu, republicano, laico e subversivo, descobri que o meu nome ao contrário se lê Rotciv Leunam Osorrab Arieugon ad Avlis, visigótico, e pronto, dei-me umas pinceladas de azul celeste descendente das Casas de Aragão, Avis e Calatrava LOL


Victor visto pelo Francisco em 2015 05 05

Eu vestia uma camisa aos quadrados brancos e violeta, um blusão beige (com dois bolsos visíveis) para além de calças e sapatos pretos. Perguntando-lhe pelo relógio que estava encoberto pelas mangas, ele acabou por aparecer ... por cima da manga esquerda do blusão.


Por Carlos Barradas, que escreve em 2020.07.09 «Com sorte e inspiração ainda pinto um óleo ou uma aguarela da tua chipala!


Estudo em aguarela, executado por Carlos Barradas em 2020.07.11 para um retrato-robot policial :-)
E ele diz-se meu amigo, imaginem se o não fosse!


Victor (Estudo de cara), por Carlos Barradas - 2020 10 27
Segunda tentativa
Aguarela Daniel Smith em papel Arches A4 300 grs


ANéMONA DO MAR  

De um punhado
de branca areia salgada
fez-se
verde madeiro
.........................vogando
........................................ao sabor da corrente
na esteira de todos os sorrisos.

De ilha em ilha
castelos no ar
que a chuva........gota .......a ........gota
...........................construiu
e o sol dispersou


Évora 1969 Fevereiro 


AUTO RETRATO EM PASSATEMPO 

Com nariz grande, olhar estrelado,
Baixo, cabelo negro, ondulado,
... Magro, moreno, mui desajeitado,
Nada ou p'la vida sempre perdoado.

Buscando amizade, mau achado,
Agindo calma ou mui despeitado,
O êxito logrou, mal torneado,
Com persistência e pouco alegrado.

Tolerante, mas não libertário,
Conduzindo, longe da multidão,
Na vida procurando liberdade.

Em tudo mal, buscando seu contrário,
Com ar sério ou risonha feição,
Mal sente, co'a razão, felicidade.

in "Retratos" - 1989.09.10 - Setúbal 


auto-retrato "tratado" com o programa disponível on line em https://www.befunky.com/pt/criar/foto-para-arte/


Auto-retrato em 2019 08 02


Auto-retrato em 2020.06.07 - Em temos de pandemia, a bolsa ou a vida?

1 comentário:

Maria de Fátima disse...

o Carlos Barradas acompanhou(-nos) nas suas chipalas