Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Pelourinhos 00


Arcos de Valdevez, Azinhoso (Mogadouro), Bragança,  Elvas, Frechas (Mirandela), Linhares (Carrazeda de Ansiães),   Sernancelhe, Vila de Rua (Moimenta da Beira)






Pelourinho de Elvas - Emissão filatélica em 2014 - Património Unesco – Cidade-Quartel Fronteiriça de Elvas e suas Fortificações

Arcos de Valdevez - pelourinho de bola


Azinhoso (Mogadouro) - pelourinho de pinha

Bragança - pelourinho bragançano


Frechas (Mirandela) - pelourinho de coluço


Linhares (Carrazeda de Ansiães) - pelourinho de roca


Sernancelhe - pelourinho de gaiola

Soajo (Arcos de Valdevez) - pelourinho de chaparasa


Vila de Rua (Moimenta da Beira) - pelourinho de tabuleiro

«O pelourinho, popularmente designado também como picota, é uma coluna de pedra colocada num lugar público de uma cidade ou vila onde criminosos eram expostos e punidos. Tinham também direito a pelourinho os grandes donatários, os bispos, os cabidos e os mosteiros, como prova e instrumento da jurisdição feudal.

Os pelourinhos foram, pelo menos desde finais do século XV, considerados o padrão ou o símbolo da liberdade municipal. Para alguns historiadores, como é o caso de Alexandre Herculano, o termo pelourinho só começa a aparecer no século XVII, em vez do termo picota, de origem popular. A partir dessa altura passou a ser apenas o marco concelhio. Antes dessa altura, segundo Herculano, o pelourinho era uma derivação, de costumes muito antigos, da erecção nas cidades do ius italicum das estátuas de Marsias ou Sileno, símbolos das liberdades municipais. Mas outros historiadores remetem para a Columna ou Columna Moenia romana, poste erecto em praça pública no qual os sentenciados eram expostos ao escárnio do povo.

Parece que antes do século XV terá havido algumas execuções nos pelourinhos. Mas a partir daí não há provas que tal sucedesse, pelo menos em relação às execuções capitais, que faziam na forca depois de ter sido exposto no pelourinho para conhecimento do povo.

Em Portugal, os pelourinhos ou picotas (esta a designação mais antiga e popular) dos municípios localizavam-se sempre em frente ao edifício da câmara, desde o século XII. Muitos tinham, no topo, uma pequena casa em forma de guarita, feita de grades de ferro, onde os delinquentes eram expostos para a vergonha pública. Noutros locais, os presos eram amarrados às argolas e açoutados ou mutilados, consoante a gravidade do delito e os costumes da época.

De estilo românico, gótico ou Manuelino, muitos dos pelourinhos em Portugal.constituem exemplares de notável valor artístico.

Segundo Alexandre Herculano e Teófilo Braga, os pelourinhos tiveram origem na columna moenia romana que distinguia com certos privilégios as cidades que os possuíam.

Os pelourinhos, normalmente, são constituídos por uma base sobre a qual assenta uma coluna ou fuste, terminando por um capitel.

Nalguns pelourinhos, em vez da base construída pelo homem, eram aproveitados afloramentos naturais.

Consoante o remate do pelourinho, estes podem classificar-se em:

Pelourinhos de gaiola

Pelourinhos de roca

Pelourinhos de pinha

Pelourinhos de coluço (gaiola fechada)

Pelourinhos de tabuleiro (gaiola com colunelos)

Pelourinhos de chaparasa

Pelourinhos de bola

Pelourinhos tipo bragançano

Pelourinhos extravagantes (de características invulgares)

Muitos pelourinhos foram destruídos pelos liberais a partir de 1834 por os considerarem um símbolo de tirania. » (Wikipedia)


VER   # Pelourinhos

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