* Victor Nogueira
Do concelho de Alcobaça apenas tenho digitalizados alguns rolos, e nesses constam fotos de fontenários em Maiorga e em Cós, vilas que foram dos coutos do Mosteiro de Alcobaça. Tais fontenários, de enorme simplicidade, são obras da Ditadura Nacional, segundo lápides que alguns ainda ostentam, edificados nos anos '30 de século XX.
Maiorga
Um minúsculo largo é o centro desta antiga vila, onde se encontram o pelourinho (que lhe dá o nome), a antiga igreja da Misericórdia ou do Espírito Santo, com o seu portal manuelino, hoje desactivada e que foi entretanto escola de música, mesmo ao lado da sede do clube da terra (Sociedade Filarmónica de Maiorga) e do edifício da nova igreja, de S. Lourenço, com o seu adro arborizado, templo despretensioso, com um relógio de sol na fachada principal e um altar barroco.
Neste mesmo largo um fontanário com azulejo de Santo António tem a inscrição de que se trata duma Obra da Ditadura (1933), como aliás consta dum outro mais pobre existente noutro largo, isto sem falar num cruzeiro dedicado Ao Portugal Eterno e num memorial aos combatentes do Ultramar (1993), este no Largo dos Combatentes.
Não obstante estes testemunhos, a rua principal denomina-se do 25 de Abril e nela existe uma casa em cuja fachada figura um painel de azulejos representado o aviso Afonso de Albuquerque, talvez o que foi afundado na chamada Índia Portuguesa quando da invasão pela União Indiana. (NOTAS DE VIAGEM, 1998.02.21/22)
Castanheira de Cós
Entre Castanheira e Chãos de Aljubarrota, a dois km de Cós, encontra‑se uma capela da Senhora da Luz, alpendrada, aqui se realizando as festas da Senhora da Luz ou dos pinhões, em 16/17 de Novembro. Em Chãos de Aljubarrota um painel de azulejos na fachada dum largo desafogado reproduz uma igreja (Ermida de N. Sra. das Areias). No campo um burrico pasta calmamente. Ninguém sabe que ali foi a batalha de Aljubarrota, o que não admira, pois verifiquei posteriormente ser engano meu. (Notas de Viagem, 1998.02.22)
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