Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

fontenáros e chafarizes 28 - Aldeia dos Irmãos (Azeitão)

 * Victor Nogueira

É simpático o nome desta aldeia, que se estende ao longo da Estrada Nacional.   «A denominação de «Aldeia dos Irmãos» (e não Aldeia de Irmãos, como actualmente) deve-se, segundo a tradição, ao facto de a construção da bela capela de São Sebastião ter sido consequência da acção desenvolvida por uns irmãos que habitavam aquela localidade.

Tem data de 1553 um relato de visitação da Ordem de Santiago que diz assim: «Visitação da yrmida de São Sebastião cituada em azeitão onde chamão alldea dos Irmãos...». Todavia a aldeia existe desde há mais tempo, pois o relato referido a respeito da ermida diz assim: «...que os moradores a construiram antigamente com sua confraria.»

Pela situação onde a aldeia está situada (entre grandes quintas), percebem-se duas coisas: deve ter começado por ser habitação de caseiros e trabalhadores de algumas das quintas, e assim ficou tão pequena. Aldeia dos Irmãos é toda ela um conjunto bonito e equilibrado, podendo ficar ainda mais se se caiassem as casas e muralha.

O que mais se destaca nesta aldeia será a capela (já acima referida) que apresenta uma arquitectura bastante bonita com o seu alpendre a tomar destaque, no seu interior destaca-se o retábulo quinhentista, um conjunto de pinturas do séc. XVI, bem como alguns paramentos do séc. XVII.  »

Aldeia dos Irmãos - Aldeias de Azeitão  

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tp://www.azeitao.net/aldeias/aldeia/aldeia_irmaos.htm

 







Poço de S. Sebastião

« Este poço para abastecimento público foi construído - tendo em conta a data nele inscrita - em 1888, com a finalidade de abastecer a população local que até então utilizava a Fonte Santa, um pouco distante, e, entretanto, demolida por ocasião de obras viárias no local onde estava implantada.

Este poço, um pouco de construção singular, encontra-se junto à capela de São Sebastião e está actualmente inactivo, não só pela proximidade de um chafariz público, mais recente, com água da rede, como pela completa cobertura de rede pública na localidade.

Em tempos teve um anexo onde se guardavam os utensílios e ferramentas necessárias à sua limpeza e conservação. (junto a este existiu também uma pequena habitação para acolhimento do responsável pela conservação da Capela de São Sebastião)

A água era obtida através de “mergulho” de um recipiente içado através de uma roldana instalada numa tripeça em ferro. Um poial junto à base fazia ligação a um pequeno pio, rectangular e baixo, de um só bloco de cantaria, que servia para dar água aos animais.

Um passeio em calçada rodeia o semicírculo da parede do poço, fazendo degraus radiais, em plano inclinado, dado o desnivelamento do piso. »  (**)






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Entre Oleiros e Aldeia de Irmãos


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