Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Avante e Festa do Avante - materiais 02

 Victor Nogueira

A Festa do Avante não é a única Festa organizada pelo PCP; outras têm existido, a nível regional (como a Festa da Alegria, em Braga) ou local. O Avante! ("A voz dos que não têm voz") iniciou a sua publicação, clandestina, em 15 de fevereiro de 1931, com periodicidade irregular. Era composto e impresso manualmente, em papel-bíblia, e clandestinamente distribuído. Muitos foram os assaltos e desmantelamento pela PIDE de tipografias clandestinas, assaltos que nunca conseguiram que ele deixasse ser impresso e distribuído.  A partir de 1941 o Avante! passou a mensal. Em 17 de maio de 1974 saiu o primeiro número fora da clandestinidade, com edição semanal desde então.

A colecção do jornal no período da publicação clandestina encontra-e disponível na Internet (1), bem como a edição legal, esta desde 2003.01.09  em Arquivo, assim como as capas desde 1995.01.01  (Ver capas)


A Festa



1976


1979



1988



1982


2000




Avante!



A tipografia clandestina - litogravuras de José Dias Coelho, escultor e dirigente do PCP assassinado pela PIDE, numa rua de Lisboa, em 19 de Dezembro de 1961.

José Moreira, operário vidreiro e responsável pelas tipografias do Avante!, foi preso durante o assalto a uma casa clandestina do PCP em Vila do Paço. Violentamente torturado pela PIDE até morrer em 24 de Janeiro de 1950, sem que revelasse a localização das tipografias clandestinas.


digitalização de autocolantes do meu acervo pessoal

VER

Festa do Avante - materiais 01


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