Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sábado, 11 de dezembro de 2010

Fotografia revela segredos da cidade mais clicada do mundo

Jornal Hoje
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11/12/2010 14h33 - Atualizado em 11/12/2010 14h33
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O que faz uma cidade despertar tanto interesse em fotógrafos, sejam eles profissionais ou amadores? No caso de uma mega-metrópole é a certeza de que a cada dia ela está um pouco diferente, assim como nós.

Giuliana Morrone Nova York, EUA
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Um estúdio de fotografias gigantesco, no bairro dos artistas de Nova York.
Luz, câmeras no Soho. Tudo de graça.
Modelos em início de carreira, que não têm como pagar por um book;
Modelos em fim de carreira, que querem tentar novos ângulos, usam o espaço para serem fotografadas.
Um fabricante de roupas e um de material fotográfico montaram o estúdio para moradores e turistas.
É possível usar câmeras, editar e imprimir fotografias em papel e em tecido.
Tirar fotos com amigos. Por que não? Ou realizar projetos profissionais.
Dane é designer. Começou a carreira há pouco tempo. Ele chamou um amigo fotógrafo, que chamou amigos modelos, trouxe araras de roupas e está produzindo o primeiro catálogo da nova empresa dele.
“É uma grande oportunidade. O aluguel de um espaço como este estúdio não custaria menos de quinze mil dólares por dia, sem contar equipamentos, contratação de fotógrafos e modelos. Aqui, o custo é zero”, diz Dane.
Muitos aproveitam para imprimir fotos da cidade. Kris é um dos organizadores. “Nova York é a musa dos fotógrafos”, diz. “Há tanto para ser filmado nessa cidade. É muito fácil fotografar nas ruas. Há muita coisa acontecendo nos bairros. Você anda alguns quarteirões e encontra um mundo totalmente diferente”, completa.
Nas fotos antigas, um registro histórico do fascínio que a cidade provoca em fotógrafos profissionais e amadores.
Nova York seduz porque não é previsível. Quando a gente mora aqui, tem uma percepção mais clara do dinamismo da cidade. Bairros, ruas, clima mudam constantemente.
Quando saio para o trabalho, para fazer compras ou passear, sempre levo uma câmera pequena e assim sem compromisso, fotografo por fotografar.
É como se quisesse capturar, apreender as imagens que vejo nas ruas e guardar para sempre nos meus registros pessoais. Eu sei que sempre vou encontrar algo surpreendente.
Dias quentes, dias frios, as diferentes estações do ano dão uma perspectiva de que nada na vida é permanente.
Nas ruas, fotografo pessoas. As nova iorquinas, sempre elegantes, não têm medo de cores. A necessidade em Nova York é de ser autêntico, não seguir moda, mas criar um estilo.
E assim, encontro Gabriella, a escritora austríaca, que todos os dias vende flores nas ruas. Não quer uma vida comum. Nem ela, nem o Papai Noel. Bom de pirueta.
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  http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2010/12/fotografia-revela-segredos-da-cidade-mais-clicada-do-mundo.html
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