Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sábado, 30 de janeiro de 2010

Encontro de editores de fotojornalismo iberoamericanos, em Madrid



Fotojornalistas iberoamericanos dizem que modelo gratuito dos media na Net é “suicídio”

Público - 30.01.2010 - 16:23 Por Lusa

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Vários editores de fotografia de jornais espanhóis e latino-americanos defenderam hoje a cobrança do acesso a conteúdos on-line e expressaram reservas quanto à figura do “fotojornalista-orquestra”, que se multiplica a fazer fotografias e vídeos.
Os fotógrafos iberoamericanos criticaram a multifuncionalidade pedida à profissão, por causa do vídeo  
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Os fotógrafos iberoamericanos criticaram a multifuncionalidade pedida à profissão, por causa do vídeo (Hugo Calçada (arquivo))
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“A não cobrança não está a funcionar. É um modelo que está a esgotar-se”, disse à agência EFE Dani Yako, do jornal argentino “Clarin”, antes da sua intervenção no encontro de editores de fotojornalismo ibero-americanos que decorre em Madrid.
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O encontro marcou o encerramento do Transatlântica, um fórum do Festival de fotografia PhotoEspanha criado em 2009 para fomentar o intercâmbio entre instituições e profissionais espanhóis e latino-americanos.
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No encontro estiveram também representantes dos jornais espanhóis “El Mundo”, “El País” e “La Vanguardia”, o brasileiro “Folha de São Paulo” e o mexicano “Excelsior”, que analisaram o estado de saúde do fotojornalismo iberoamericano.
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A fotografia na América Latina está “ao mais alto nível internacional” e, em Espanha, é “cada vez melhor”, disse o presidente da PhotoEspanha, Alberto Anaut.
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Os conferencistas abordaram ainda o visionamento dos conteúdos dos media na Internet, que a maioria dos presentes defendeu dever passar a ser pago.
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“Penso que mais tarde ou mais cedo o acesso aos conteúdos passará a ser pago. A quem ocorreu que o trabalho na Internet teria que ser gratuito?”, referiu Ulises Castellanos, do “Excelsior”, acrescentando que a gratuitidade “é um suicídio”.
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Por outro lado, Carla Romero, do “Folha de São Paulo”, defende “o acesso a conteúdos gratuitos na Internet”, embora admita que as próximas gerações terão que pagar, caso triunfem iniciativas como a do “New York Times”.
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O norte-americano “New York Times” anunciou que irá passar a cobrar o acesso aos conteúdos on-line do jornal a partir de 2011.
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Outra realidade que inquieta os editores de fotografia é o aparecimento do “fotojornalista-orquestra”, um profissional que além de fotografar faz também vídeos.
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Ulises Catellano é contra esta nova realidade, já que acredita que “as duas coisas não sairão bem feitas”.
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“Tirar fotografias é uma especialidade. Fazer vídeos é outra”, lembrou.
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A opinião é partilhada por Dani Yako, que considera que a multiplicidade de funções “retira profissionalismo e qualidade” ao trabalho do fotógrafo. 
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