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Na altura, numa entrevista à Lusa, Gageiro, agora com 74 anos, observou que aquele era o mais intimista dos seus livros porque tinha sido criado num período em que se sentia muito debilitado, depois de ter sido confrontado com uma doença oncológica em 2007.
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Imagens captadas um pouco por todo o mundo, na natureza, crianças, pessoas que se destacam sozinhas na paisagem urbana - entre elas uma de António Oliveira Salazar inédita - revelam momentos de introversão ou isolamento com que Eduardo Gageiro se identificou num momento difícil da vida.
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A partir de hoje, uma nova selecção de trinta fotografias de “Silêncios” pode ser vista na Círculo dos Livros, na Rua Augusto Gil, onde ficará patente até 6 de Fevereiro.
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Na inauguração, às 19h00, além do autor, vai estar presente Maria Antónia Palla para falar sobre a obra de Gageiro, uma das grandes referências do fotojornalismo em Portugal, galardoado com mais de trezentos prémios.
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Durante toda a carreira - trabalhou como fotojornalista, entre outros, no “Diário de Notícias”, “O Século Ilustrado”, revista “Sábado” - Eduardo Gageiro interessou-se pelo drama humano. Marcaram-no, por exemplo, as expressões dos antigos operários a pedir esmola em frente à conhecida Fábrica de Loiça de Sacavém, onde nasceu. E foram as expressões das pessoas, espelho de sentimentos vários, que quis captar com a máquina fotográfica, optando pelas imagens a preto e branco.
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