Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Diáriodo Pará lança prêmio nacional de fotografia


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Quinta-feira, 28/01/2010, 16:43h  
Diário lança prêmio nacional de fotografia
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Foto: Luiz Braga

Luiz Braga é um dos artistas convidados do projeto
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A história começa em 1984, quando um grupo de jovens fotógrafos se une para pensar a fotografia no Pará e acaba marcando sobremaneira a cena artística do Estado: nascia a Associação FotoAtiva e, com ela, um universo de experimentações. Gerações de artistas nasceram e se criaram ali. Foi o primeiro passo para a afirmação do Pará como um lugar de reflexão e criação das artes visuais - resultado da diversidade poética e de um trabalho coletivo cultivado ao longo de 25 anos.
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E hoje, qual o lugar do Pará dentro da robusta produção fotográfica brasileira? A fotografia feita aqui, em sua produção pulsante e diversa, já ganhou os principais salões de exposição no Brasil e no exterior, e também o respeito da crítica de arte contemporânea.
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Claúdia Leão Para redimensionar e valorizar este potencial, o Diário do Pará – Rede Brasil Amazônia de Comunicação lança hoje o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, uma iniciativa inédita no Estado, nos moldes dos grandes salões de arte do Brasil.
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A ideia é popularizar a fotografia feita no Pará. Temos grandes talentos reconhecidos nacional e internacionalmente, e precisamos tornar este trabalho mais acessível, permitir que os paraenses também apreciem esta arte”, diz Camilo Centeno, diretor geral do Grupo RBA.
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“O Prêmio Diário Contemporâneo, assim como o Festival de Música Popular Paraense e os projetos Giro Cultural e Orgulho do Pará, convergem para o mesmo objetivo: a valorização dos talentos e da cultura da terra, a melhoria da auto-estima do nosso povo”, completa.
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A programação – inteiramente gratuita - se estende até o mês de abril, com exposição, ciclos de palestras e encontros com artistas. O projeto inclui ainda oficinas com três dos grandes nomes da fotografia no Pará: Luiz Braga, Dirceu Maués e Miguel Chikaoka. As inscrições serão realizadas no período de 8/02 a 20/03.
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BRASIL PLURAL
Luiz Braga
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Pensar o Brasil hoje é pensar vários Brasis em toda sua complexidade, dada a pluralidade de culturas, cores e sotaques. Mas o que pode a fotografia revelar de um país?
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“A onipresença da fotografia na cultura contemporânea é um indicador de sua especial importância nas discussões sobre a identidade da arte”, destaca Mariano Klautau Filho, curador do projeto.
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“O Brasil pensado para este prêmio é plural: da paisagem panorâmica à experiência íntima com a identidade, do país exuberante às complexidades de uma nação em desenvolvimento, do documento cotidiano às ficções imprevisíveis”, diz.
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O prêmio estreia com o tema “Brasil Brasis”, com a intenção de oferecer ao artista uma ampla abordagem sobre o país, já que tanto a arte como a identidade na história contemporânea se constroem como campos culturais híbridos.
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“Trabalhar o olhar, a sensibilidade, é também promover o desenvolvimento de talentos no Estado. O prêmio é uma maneira de fazer o Brasil ser percebido em toda a sua riqueza, além de alertar para a valorização do meio ambiente, aguçando o olhar para as coisas cotidianas”, avalia Karla de Melo, gerente de comunicação regional da Vale, empresa apoiadora do projeto.
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PREMIAÇÃO
Divulgação
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Os trabalhos inscritos não precisam ser inéditos, porém, não será aceita a inscrição de obras premiadas em outros projetos. O período de inscrições vai de 1º de fevereiro a 5 de março e serão selecionados até 20 artistas brasileiros, profissionais ou amadores, que concorrerão a três prêmios no valor de R$ 10 mil reais cada.
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Além de Mariano, compõem a comissão de seleção do prêmio a fotógrafa e pesquisadora paraense Cláudia Leão e o fotografo paulistano e curador independente Eder Chiodetto.
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“Todos os membros da comissão veem a fotografia como uma linguagem aberta a várias questões da arte hoje. Isso é muito importante para que o projeto tenha esta identidade”, explica o curador.
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A distribuição das fichas de inscrição, regulamento e a divulgação da programação completa será realizada no lançamento do projeto, logo mais, às 19h, no Museu da Universidade Federal do Pará.
PRÊMIOS
  • Prêmio Brasil Brasis: destinado especialmente aos trabalhos de abordagem documental voltada ao cotidiano ou originários de um projeto autoral de documentação.
  • Prêmio Diário Contemporâneo: voltado a todos os artistas cujo trabalho fotográfico dialogue com outras linguagens e suportes, como instalação, vídeo, objeto, performance ou ainda com novas sintaxes na representação fotográfica.
  • Prêmio Diário do Pará: dedicado somente a fotógrafos paraenses e/ou residentes atuantes no Pará por pelo menos 3 anos. Este prêmio abrange todas as poéticas e propostas conceituais.
SERVIÇO
Lançamento do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, nesta quinta-feira (28), às 19h, no Museu da UFPA. O período de inscrições vai de 1º de fevereiro a 5 de março. Inscrições para oficinas: 8/02 a 20/03. Realização: Diário do Pará - RBA. Apoio: Vale. Colaboração: MUFPA. Informações: www.premiodiariodefotografia. com.br ou pelos fones 3084-0100 ramal 0218 ou 8421-5066.
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(Amanda Aguiar - Diário Online)
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