Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O Fotógrafo - Uma História no Afeganistão

++ 29 de setembro :: Acervo f/508

Novas aquisições do acervo do f/508:


O Fotógrafo
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O Fotógrafo é uma das principais provas de que o jornalismo em quadrinhos associado à obra de Joe Sacco já está virando um gênero. O livro lança mão das possibilidades estilísticas das fotos em preto e branco e da versatilidade dos quadrinhos para produzir um trabalho novo e relevante. O livro conta a história do fotógrafo francês Didier Lefèvre, que em julho de 1986 partiu para o Afeganistão acompanhando uma equipe dos Médicos Sem Fronteiras. Naquela época, o país estava em guerra, com tropas da União Soviética lutando contra os guerrilheiros mujahedin (que mais tarde instalaria o Talibã no poder). Lefèvre achou a experiência tão marcante que resolveu transformá-la em livro.
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Dividida em três volumes, a obra traz o relato pessoal da experiência de Lefévre no país, com as dificuldades e perigos enfrentados pelo profissional e pela equipe de Médicos Sem Fronteiras. A história é contada através da mistura de fotos em preto e branco do autor e quadrinhos assinados por Emmanuel Guibert, com diagramação e cores de Frédéric Lemercier. As edições chegam ao Brasil pelas mãos da Editora Conrad. A edição brasileira conta com prefácio da diretora de MSF no Brasil, Simone Rocha, que também já esteve em missão no Afeganistão em 2004, que durante dois meses visitou seis províncias de carro. Atualizando o conceito de jornalismo em quadrinhos, O Fotógrafo é essencial tanto como arte quanto para entender a complexa história do Afeganistão.
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 Henri Cartier-Bresson: Fotógrafo
Livro definitivo sobre a carreira do fotógrafo Henri Cartier-Bresson em primeira publicação no Brasil. Com a ajuda de seu editor Robert Delpire, Cartier-Bresson selecionou as imagens que ele considerava mais emblemáticas de sua produção para compor a edição. Organizado em seis partes, o volume traz 155 fotos tiradas ao longo de cerca de cinquenta anos de trajetória, incluindo as realizadas por ele muito depois que deixou de fotografar profissionalmente.

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O ato fotográfico
A foto não é apenas uma imagem -  produto de uma técnica, de uma ação, o resultado de um fazer, uma figura que se olha simplesmente - é um ato, algo que não é possível conceber fora de um jogo. Uma ato-imagem compreende que não há limites na sua concepção, nem em sua recepção.
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Da verossimilhança ao índice, O Ato fotográfrico, de Philippe Dubois, apresenta uma restropectiva histórica sobre a questão do realismo na fotografia. A fotografia como espelho do real, como transformação do real e traço de um real. O ato fotográfico.
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O livro oferece perspectivas, ao mesmo tempo histórica (a fotografia científica e delirante do século XIX) estética (o papel da fotografia no campo da arte contemporânea) análitica (a fotografia concebida com aparelho psíquico) e estilística.
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© Fotoclube f/508 . fotoclubef508@gmail.com
design por Mário Jr. . desenvolvido por Rafael Dourado
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