Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Fotografia - Inverno (c.1960) - Rene Maltête

Obra Prima do Dia (Semana Rene Maltête)

Fotografia - Inverno (c.1960)


Fiquei tão encantada com as fotos de Rene Maltête encontradas em um site especializado em fotografias que resolvi pesquisar sobre sua vida. Maltête nasceu em Lamballe, na Bretanha, uma parte da alma da França. E linda, de uma beleza às vezes selvagem, às vezes tocante. Nascido em 8 de maio de 1930, faleceu no ano 2000. Merecia ter vivido mais. Vocês concordarão comigo ao conhecer sete de suas fotos. Os que já conhecem talvez me ajudem com mais dados sobre as fotos.
Ao ficar sabendo que ele faleceu em 2000, escrevi para seu filho pedindo autorização para postar no Blog do Noblat as fotos do acervo de seu pai. Robin Maltête foi muito gentil, permissão concedida. Maltête foi fotógrafo, escritor e poeta. Caçador de instantes insólitos onde muitos vêem apenas humor, e outros uma imensa carga de lirismo, Maltête foi poeta das palavras e da imagem.
Ele começou muito cedo a fotografar. Seu sobrenome, que em francês antigo queria dizer “cabeça má”, como ele gostava de lembrar, trazia da herança bretã a estatura e os olhos da cor do oceano. Estudante que deu trabalho na escola, após um excesso de sonolência, segundo suas palavras, ele sai do colégio e vai aprender na escola da vida a fotografar. Aos 16 anos, já fotografava. E aos 20 sai da Bretanha para Paris, sonhando com o cinema.
Ele enfrenta a cidade grande e vive a Paris “dos 24 ofícios e 36 misérias” e, aos 21 anos descola empregos subalternos na produção de “Jour de Fête”, de Jacques Tati, e na de “Dindon’, de Claude Barma, filme baseado em texto de Georges Feydeau. O que importava, para ele, era já estar participando, fosse de que maneira fosse, como membro daquele grupo dos eleitos, os que trabalhavam com cinema...
Acervo Robin Maltête
Fontes
http://rene.maltete.com/main.php
www.fr.wikipedia.org/wiki/René_Maltête
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