Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

alvorada em setúbal

* Victor Nogueira

Uma nova noite de espertina e  uma enorme frustração: não me apetece ler nem ver filmes nem andar ás voltas na cama até que Joana Morfeia me recolha nos seus braços. Olho pela janela - as vidraças precisam de ser limpas - e apercebo-me que o sol está para surgir no horizonte. De repente uma irregular e leve linha alaranjada aparece mais além, onde se encontram o céu e a terra. Levanto-me, vou até à varanda da cozinha, as gaivotas esvoaçam silenciosamente por cima do Parque Verde, lá em baixo, e aqui fica o registo, sem ela. Havia nuvens no horizonte pelo que levou algum tempo até que o sol surgisse por cima delas.


o castelo de Palmela


a Central termo-eléctrica










fotos em 2017.09.29
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