Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Nascer do sol em setúbal

* Victor Nogueira

Deu-me pois a espertina, o desassossego, no alto da madrugada, e por mais voltas que desse na cama, por mais séries policiais que tentasse ver no FoxCrime, por mais jogos de estratégia que tentasse resolver, por mais que tentasse ler o Courrier sobre o Centenário da Revolução de Outubro, o sono não voltou ao meu encontro. 

Para lá da janela e das varandas, era o negrume da noite e até à linha do horizonte um luzeiro de pirilampos em terra, a  noite desvanecendo-se com o passar das horas, dos minutos, dos segundos, até que uma tímida fimbria vermelha semi-encoberta pelas nuvens me anunciou o nascer do sol. Não encontrando a Canon - terá ficado no Fiesta ? - socorri-me do Nokia, e o que resultou foi uma registo paupérrimo, que nem os meus parcos conhecimentos de tratamento de imagem conseguiram disfarçar.





fotos em 2017.09.27

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