* Victor Nogueira
Na maioria dos casos as estações ferroviárias foram construídos nos arrabaldes, onde havia terrenos disponíveis, embora o crescimento urbano acabasse por envolvê-las na malha urbana. O apeadeiro do Quebedo nas cercanias da malha medieval facilitava o trânsito de passageiros. A linha férrea dividia a urbe em duas distintas, a Norte (freguesia de S. Sebastião ocupada por bairros de lata, insalubres, e por bairros dze habitação operária, de iniciativa dos organismos do Estado Novo. A ligação entre as duas zonas era permitida pelos viadutos ferroviários na Rua do Mirante e na Rua da Tebaida, enquanto que na zona do Quebedo existia uma passagem de nível com guarda, que em horas de ponta mas não só congestionava o trânsito automóvel, situação resolvida com a sua substituição por um túnel desnivelado, que já teve um mural alusivo a José Afonso, substituído em 2016 por painéis de azulejos, desenhados e pintados pelo artista Andreas Stöcklein. O conjunto homenageia escritores e artistas que estiveram ligados à cidade de Setúbal, ou por nascença ou por vivência, nomeadamente Bocage, Sebastião da Gama, Vasco Mouzinho de Quevedo, Luiz Pacheco e José Afonso.
O actual edifício ferroviário substitui o anterior, projecto do arquitecto Cotinell Telmo, concluído em 1935, A foto consta da Gazeta dos CF, nº 1475 (1949)
Passagem de nível com guarda, no Quebedo (in Setúbal Ontem e Hoje)
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