Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

domingo, 31 de julho de 2022

Pontes (35) em fotos de capa de julho 25 a 31

 * Victor Nogueira  


2022 07 26 Foto victor nogueira - Setúbal (Faralhão) - viaduto ferroviário na EM 536-1 (IMG_9846)


2022 07 27Foto victor nogueira - Setúbal EN 10 (CC Allegro) viaduto ferroviário (IMG_9831) . "Eu me ausento de ti, meu pátrio Sado" (Bocage) (*)


2022 07 28 - Foto victor nogueira - Setúbal EN 10 (CC Allegro) viaduto rodoviário (IMG_9834)


2022 07 29 - Foto victor nogueira - Setúbal - túnel ou viaduto rodoviário na Ladeira de S Sebastião (GEDC0689)


2022 07 30 - Foto victor nogueira - Setúbal - Viaduto rodoviário nas Fontainhas (IMG_2172), ao pôr do sol, com o Estuário do Rio Sado e a Serra da Arrábida


2022 07 31 - Foto victor nogueira - Setúbal (Fontainhas) - Viaduto rodoviário sobre a Estrada da Graça e a via férrea (IMG_6903)

(*)

Eu me ausento de ti, meu pátrio Sado,
Mansa corrente deleitos, amena,
Em cuja praia o nome de Filena
Mil vezes tenho escrito, e mil beijado:
.
Nunca mais me verás entre o meu gado
Soprando a namorada e branda avena,
A cujo som descias mais serena,
Mais vagarosa para o mar salgado:
.
Devo enfim manejar por lei da sorte
Cajados não, mortíferos alfanges
Nos campos do colérico Mavorte;
.
E talvez entre impávidas falanges
Testemunhas farei da minha morte
Remotas margens, que humedece o Ganjes.
.
Bocage, in 'Rimas'

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