* Victor Nogueira
Covilhã, Évora, Mértola, Monsaraz, Odemira (Cabo Sardão), Porto, Sesimbra, Setúbal, Vilar de Mouros (Rio Coura)
* Fernando Nogueira Pessoa
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Ai que prazer não cumprir um dever.
Ter um livro para ler e não o fazer!
Ler é maçada, estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa…
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Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
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Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
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* Victor Nogueira
Liberdade!
a triste liberdade
de nada poder fazer
onde o emprego?
o salário?
a casa?
a família?
o futuro?
Ausente a solidariedade
sem amizade nem companhia
neste vazio
lentamente consumidos
Setúbal 1985.08.31
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LIBERDADE A felicidade tem o travo amargo ..................de tudo aquilo que é finito e no entanto distingo ..................por entre a multidão o teu rosto alegre e o teu ar sereno !Nas tuas mãos e nos teus dedos .......................nasce uma criança que sorri e corre dentro de mim. Em silêncio junto as palavras ................percorro o teu corpo ................flexível e moreno. Um rio enche a casa com o murmúrio de mil candeias enquanto ouço e reconheço os teus passos. Rio, choro e bailo contigo quando assomas à porta e ..........busco o veludo dos teus lábios e do teu rosto. Reparto contigo o pão sobre a mesa e bebemos o vinho da esperança. Tudo tem agora outra qualidade .........................a qualidade do trigo em flor ........................................da brisa incandescente ........................................da sombra refrescante ........................................do sol sem ardor E no entanto para lá deste dia moram o medo, a fome e a solidão quando tu não estás.
1989.Junho.07 - Setúbal
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Eles são democratas
Amigos de Plutocratas
Com cidadania
De enguia bem esguia !
Escorre-lhes dos dedos,
dos lábios e
da caneta ou do «computador»
Arrogância
Jactância!
Vestem bem e
cheiram melhor
Para esconder
o pior perfume da sarjeta
Muitos vivem da gorjeta
Esquecidos que em pó se transformarão ,
acumulado num saco de ossos em fossos,
na fossa
Por isso não são dos nossos.
São sim democratas
Plutocratas
Aristocratas
Autocratas
Convencidos que são reis!
Mesmo em terra de cegos
o «imperador» vai nú
Numa palavra
sem palavra
Na família das piranhas
São PIRATAS
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Setúbal 2006
• Manuela Miranda gosto vou partilhar o · 11 ano(s)
Victor Barroso Nogueira Olá Nela o · 11 ano(s)
• Carmen Rosário Montesino Olá, Victor! Primeiro a Galeria de fotos, um desfilar da história e a minha saudosa vila de Mértola! Depois a poesia e o reencontro com a poesia que conhecia do seu perfil Hi5 e que deve ter feito muito
feliz a mulher a quem a destinou! Vou pôr um excerto no meu mural, sei que não se importa! Um abraço, com carinho!
o 11 ano(s)
Lurdes Martins Lindo menino...:-))) o · 11 ano(s)
Carlos Rodrigues Belas fotos. Agora o Poema lá de cima é de um heterónimo de Pessoa, perfeitamente original, com
Nogueira pelo meio, uma autêntica revelação. Bem-apanhado, sim senhor. Eheheh. o · 11 ano(s)
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