Porto de Setúbal
Arquitecto / Construtor / Autor
ENGENHEIRO: Cid Perestrelo (Projecto do Plano Portuário); EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO: Firma Hojgaard & Shultz, de Copenhaga, com a colaboração para os trabalhos de dragagem da Van den Bosch & De Vries, de Ultrecht
Cronologia
1793 - data do primeiro projecto de obras no Porto de Setúbal, não realizado (*1); 1836 - foi construída a primeira doca, junto junto à foz da ribeira do Livramento, designada de Doca Delpeut (*2); 1923, 18 de Dezembro - aprovação da Lei nº 15/7 que criou a Junta Autónoma das Obras do Porto e Barra de Setúbal e do Rio Sado, organismo que passou a ter a responsabilidade da execução das obras do porto; 1930, 27 de Junho - as obras do porto foram adjudicadas à firma Hojgaard & Shultz, de Copenhaga, com a colaboração para os trabalhos de dragagem da Van den Bosch & De Vries, de Ultrecht; 28 de Julho - lançamento da primeira pedra com a presença do Presidente da República, António Carmona, que também inaugurou a luz eléctrica em Setúbal; 1930 / 1934 - são construídas as primeiras grandes obras do porto de Setúbal, segundo plano do Engenheiro Cid Perestrelo, tendo sido construidas: regularização da margem direita do rio entre a Vila Maria e Albarquel; construção de 2.170 m. de taludes empedrados, destinados a pequenas embarcações; aterro da antiga doca Delpeut e o prolongamento da cobertura da ribeira do Livramento; terraplenos numa área total de 600.000 m2; construção de 3 docas destinadas ao apoio da pesca, do recreio e do comércio; construção de seis estacadas acostáveis com a seguinte localização: 1 - Estacada do Carvão, situada a poente da Doca de Pesca, com 60 m de comprimento e 18 pés de calado; 2 - Estacada da Lota, localizada a naascente da Doca de Pesca, destinada à acostagem de barcos de pesca com 120 m de comprimento e 18 pés de calado; 3 - Estacada das Conservas, situada a poente da Doca de Comércio, dedicada ao comércio relativo à indústria de conservas e outras mercadorias com 130 m de comprimento e 25 pés de calado; 4 - Estacada do Comércio, situada a nascente da Doca de Comércio, dedicada ao tráfego geral, servida por um ramal de via férrea, com 60 m. de comprimento e 19 pés de calado; 5 e 6 - Estacadas localizadas no interior da Doca de Comércio; séc. 20, anos 40 - obras de melhoramento e outras construções como: edifício da lota e do cais 3; realização do jardim Engenheiro Luís da Fonseca; obras de pavimentação, arruamentos, instalações de electricidade, águas e esgotos; 1966 - construção do cais comercial, contemplando a construção de 175 m de cais e 1,1 ha de terrapleno, obra incluída no II Plano de Fomento (1959-1964), no programa referente ao sector portuário; séc. 20, década de 60 e 70 - construção de diversos cais particulares e instalação de grandes indústrias em Setúbal; 1970 - III Plano de Fomento, que inclui o prolongamento do Cais Comercial; 1985 - construção da 1ª. fase do Terminal Roll-On/Roll-Off, actualmente incluido no Terminal Multiusos Zona 1, obra que representou mais 220 m. de cais acostável e rampa; 1992 - conclusão do Terminal Roll-On/Roll-Off e construção do Terminal dos Contentores, que representou mais 320 m. de cais acostável; 1994 - instalação da fábrica AutoEuropa em Palmela, leva à construção do Terminal Roll-On/Roll-Off da fábrica, com 370 m. de frente de cais e por onde é exportada grande parte da produção da fábrica; 2002 - construção do terminal Multiusos; 2014, 05 setembro - abertura do procedimento concursal para requalificação do terrapleno do Cais 3, com preço base de 300000.00 euros, pelo Departamento de Aprovisionamento da APSS - Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, S.A., em Anúncio n.º 4983/2014, DR n.º 171, 2.ª série.
Intervenção Realizada
Junta Autónoma das Obras do Porto e Barra de Setúbal e do Rio Sado: 1930 - lançamento da primeira pedra para a construção do porto de Setúbal; 1930 / 1934 - são construídas as primeiras grandes obras do porto de Setúbal: regularização da margem direita do rio entre a Vila Maria e Albarquel; construção de 2.170 m. de taludes empedrados, destinados a pequenas embarcações; aterro da antiga doca Delpeut e o prolongamento da cobertura da ribeira do Livramento; terraplenos numa área total de 600.000 m2; construção de 3 docas destinadas ao apoio da pesca, do recreio e do comércio; construção de seis estacadas acostáveis com a seguinte localização: 1 - Estacada do Carvão, situada a poente da Doca de Pesca, com 60 m de comprimento e 18 pés de calado; 2 - Estacada da Lota, localizada a naascente da Doca de Pesca, destinada à acostagem de barcos de pesca com 120 m de comprimento e 18 pés de calado; 3 - Estacada das Conservas, situada a poente da Doca de Comércio, dedicada ao comércio relativo à indústria de conservas e outras mercadorias com 130 m de comprimento e 25 pés de calado; 4 - Estacada do Comércio, situada a nascente da Doca de Comércio, dedicada ao tráfego geral, servida por um ramal de via férrea, com 60 m. de comprimento e 19 pés de calado; 5 e 6 - Estacadas localizadas no interior da Doca de Comércio; séc. 20, anos 40 - obras de melhoramento e outras construções como: edifício da lota e do cais 3; realização do jardim Engenheiro Luís da Fonseca; obras de pavimentação, arruamentos, instalações de electricidade, águas e esgotos; 1966 - construção do cais comercial, contemplando a construção de 175 m de cais e 1,1 ha de terrapleno; séc. 20, década de 60 e 70 - construção de diversos cais particulares e instalação de grandes indústrias em Setúbal; 1970 - prolongamento do Cais Comercial; APSS: 1985 - construção da 1ª. fase do Terminal Roll-On/Roll-Off, mais 220 m. de cais acostável e rampa; 1992 - conclusão do Terminal Roll-On/Roll-Off e construção do Terminal dos Contentores, que representou mais 320 m. de cais acostável; 1994 - instalação da fábrica AutoEuropa em Palmela, leva à construção do Terminal Roll-On/Roll-Off da fábrica, com 370 m. de frente de cais; 2002 - construção do terminal Multiusos.
Observações
EM ESTUDO. A importância do Porto de Setúbal remonta à antiguidade, segundo os espólios arqueológicos encontrados. Da época romana são conhecidas ruínas existentes nas duas margens do Sado, as Ruínas de Tróia (v. PT041505050001), na margem esquerda, e a cidade de Setúbal, na margem direita, que assenta sobre uma importante povoação romana - Cetóbriga. São conhecidas também as industrias que se desenvolveram nestas zonas, como as fábricas de salga de peixe, como por exemplo a do Creiro, cujas ruínas são visivéis (v. PT031512040063). *1 - Esta primeira obra tratava-se de uma doca ou caldeira, projectada pelo coronel Chermont, destinada a dar abrigo a pequenas embarcações, localizadas entre os baluartes do Livramento e da Conceição (v. PT031512020143). *2 - A Doca Delpeut foi durante um século o único abrigo que o porto dispunha para as pequenas embarcações.
Autor e Data
Cecília Matias 2009
in http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=27778
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