Victor Nogueira
Nesta povoação do concelho de Óbidos os chafarizes não têm a monumentalidade de outros noutras povoações, antes são simples produtos da engenhosidade popular.
Atravessamos o Carregal, pequena aldeia onde não deve haver água canalizada pois em cada rua e travessa há uma bica, muitas decoradas com azulejos com motivos figurativos. Um deles, no Largo do Jogo, tem uma quadra: "O aluno que na Escola | Não souber bem as lições | Irá pela vida fora | Sempre à mercê d'empurrões. " Num dos extremos da vila uma fonte mais cuidada, com outro verso: Carregal | Carregal | Que pena vou ter de ti | Quando um dia te deixar | Quando a vida me obrigar | Pois a vida é mesmo assim. [92.02.05]
Como anteriormente, registo os nomes das ruas do Vale (onde existe um lavadouro público), Direita, da Capela, da Fonte, Trás da Roda, das Figueiras. Anoto também as travessas, como a do Jogo e a das Flores, e largos, como o do Pinheiro, Adamásio, do Jogo (já referido), do Centro Cultural...
As casas têm barras azuis, como na Ericeira. Trata-se duma aldeia menos cuidada que a Vau, em cujos arredores cruzamos com caçadores. (Notas de Viagem, 1997.10.30)
Na Foz do Arelho existem bicas pelas ruas, em menor quantidade que no Carregal e sem azulejos, as casas têm na frontaria azulejos com figuras de santos (registos) e nos telhados secam abóboras, umas maiores que outras. (Notas de Viagem, 1997.10.30)
Rolo 206 (fotos em 1997.10.30)
Sem comentários:
Enviar um comentário