Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

coretos 37 - Tomar

* Victor Nogueira

Tomar é uma cidade maneirinha, umas das que me encantou como Aljubarrota ou Alcobaça, onde estive pelo menos duas ou três vezes, duma das quais há registo nas minhas Notas de Viagens, embora a visita ao Castelo  e à Sinagoga tenha ocorrido não na que a seguir se transcreve.

foto elisa fardilha - coreto de tomar


«Chegamos jà noite cerrada. As ruas da  povoação formam um traçado rectilíneo, com uma larga praça onde frente a frente se encontram o edifício da Câmara e a Igreja Matriz.  Nas traseiras daquela um morro no cimo do qual estão mas não se avistam o Convento e o Castelo. No sopé da encosta situam-se algumas ruas medievais, as restantes destruídas pela reconstrução que deu origem ao referido largo. Sinagoga. 

Atravessada por um rio onde se encontra um mouchão. Do outro lado outra povoação. Na margem de cá o Pelourinho está perdido no meio dum pequeno largo atravancado de carros.»  (Notas de viagens - 2000.12.12)

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