Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Miradouros 05 - entre Xico da Cana e D. Pedro Denis

* Victor Nogueira

Não são propriamente miradouros, antes logradouros, onde para lá da vista nada convida o viajante a permanecer; nem bancos, nem árvores frondosas, nem canteiros de flores. A Rua Xico da Cana, que remonta a  2009, onde nenhum prédio poderá ser construído para lhe dar vida e movimento, tem um ar degradado, de abandono, as protecções de ferro arrancadas e enferrujadas, a erva daninha irrompendo por entre as pedras da calçada do passeio. Uma solitária boca de incêndio destaca-se, para cá do Baluarte de Santo Amaro e em 1º plano o que a nossa vista alcança são ruínas, terrenos baldios, a casota dum cão que se não avista nem ladra e uma casa com parreira a destoar no inóspito. Mais sedutora e variada é a vista a partir da Rua Dom Pedro Denis.

Interessante verificar que as torres sineiras da maioria das igrejas e conventos, mesmo que situadas na várzea, são visíveis em quase toda a cidade, dominando as populações, especialmente em tempos em que pouca altura tinham os edifícios.

Quem foi D. Pedro Denis, desconheço. O Xico da Cana - Francisco José Batista - começou a trabalhar no mar aos 12 anos, chegando a ser mestre de traineira. Posteriormente fundou o Conjunto Típico Xico da Cana e, nas suas actuações, além de cantar, tocava uma cana rachada, instrumento feito artesanalmente pelo próprio músico, que “vivia muito o que fazia, acima de tudo através do grande convívio que proporcionava com a música, os petiscos e as histórias que contava”.(http://www.rostos.pt/inicio2.asp?cronica=60692)



Pequena actuação no café Barreguinhas (Morgada - Setubal) no inicio dos anos 90


Entrevista por Manuel Saraiva, no inicio dos anos 90, no café Barreguinhas (Morgada - Setubal ). 















Baluarte de Santo Amaro



Igreja não identificada



À direita a torre sineira da Igreja de N Sra da Anunciada


Ao fundo à esquerda os estaleiros navais da antiga Setenave, onde dei aulas, e para a direita as instalações portuárias







Troia no horizonte


a caldeira de Troia


Troia no horizonte, para lá dos telhados




Avenida S. Francisco Xavier








fotos em 2017.08.07






Ao fundo e à esquerda a Igreja de N. Sra da Saúde



à direita a Igreja de N. Sra da Saúde


Igreja de N. Sa da Anunciada



Forte de S. Filipe

fotos em 2017.05.27


OUTROS MIRADOUROS EM SETÚBAL

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