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“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

domingo, 30 de maio de 2010

Recorde para máquina assinada por Daguerre

Primeira máquina fotográfica comercial vendida por 732 mil euros num leilão em Viena


Recorde para máquina assinada por Daguerre, um dos inventores da fotografia

Público 29.05.2010 - 20:42 Por Sérgio B. Gomes

Uma das raríssimas primeiras máquinas assinadas pelo inventor da fotografia, o francês Louis Jacques Mandé Daguerre, foi vendida anteontem num leilão em Viena por um preço recorde de 732 mil euros. O aparelho Giroux Daguerréotype foi produzido em Paris 1839 pelo cunhado de Daguerre, Alphonse Giroux. O comprador é um coleccionador internacional que não quis revelar a identidade.

Peter Coeln, leiloeiro da WestLicht, com a Giroux Daguerréotype 
fabricada em 1839  
Peter Coeln, leiloeiro da WestLicht, com a Giroux Daguerréotype fabricada em 1839 (DR)


Até agora, nunca tinha sido vendida em leilão uma máquina assinada por Daguerre. Os exemplares que chegaram até aos nossos dias, cerca de uma dezena, estão em museus. O aparelho foi colocado na leiloeira austríaca WestLicht, especializada em máquinas e fotografia antiga, que em 2007 já tinha vendido uma Giroux Daguerréotype por um valor recorde de 576 mil euros, mas sem a assinatura de um dos inventores da fotografia.

Segundo a WestLicht, o aparelho de 170 anos, construído em madeira de cedro e de nogueira, apresenta todos os componentes ópticos, o interior em veludo preto e a placa com a assinatura e identificação do fabricante em “extraordinárias” condições.

A autenticidade da máquina foi assegurada por Michael Auer, um perito em máquinas fotográficas antigas de renome internacional.

O antigo dono recebeu a máquina como presente do pai por ter passado no exame final do curso de óptica. Estava há várias gerações na mesma família, no Norte da Alemanha.
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