Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Templos religiosos 21- Vilar e Vilar do Pinheiro

 * Victor Nogueira

O objectivo era visitar as freguesias situadas a Sul de Vila do Conde e do Rio Ave, para nascente da antiga Estrada Real Porto / Viana do Castelo, actual EN 13. Mas em vez de ir dumas para outras, da extrema sul para norte, percorrendo os caminhos e estradas muncipais, regressava à EN 13 e mais a Norte ia directo à freguesia pretendida. Mesmo assim tive de percorrer estreitos e siunosos caminhos a cavalo no Fiesta, meu fiel Rocinante. Nada de especial encontrei, por não ter memorizado ou anotado previamente os locais de interesse, pelo que me limitei a "ver" as igrejas paroquiais e os cemitérios adjacentes, normalmente os únicos lugares desafogados e "arranjadinhos" nas freguesias rurais. Mosteiró já foi objecto de publicação neste Kant_O Photomatico. A viagem terminou abruptamente em Guilhabreu, mas disso se dará conta em posterior publicação.


Cruzeiro

Calçada portuguesa




Calçada portuguesa



1882



Cruzeiro









Cruzeiro


Capela mortuária



«Santa Maria de Vilar, que possui vestígios romanos e uma  mamoa,  terá sido abadia do convento de Santo Tirso. Vilar surge referida num diploma de 908, do qual se escreveu o testamento de Trudilo que doou os seus bens ao marido Evenando, surgindo também largamente citada nas inquirições de D. Afonso III, em 1258.».







Santa Marinha - painel de azulejos


Capela mortuária




1879


Cruzeiro




O asseio e a ornamenteação do cemitério revelam os melhores sentimentos de um povo


Respeitar os mortos é tirar o chapéu e guardar silêncio


Sou limpo sou limpo / Fecha-me a tampa


«Não é certto de que convento foi Santa Marinha de Vilar de Pinheiro abadia, se do convento de Moreira, do mosteiro de Vairão.  A freguesia ter-se-ia denominado de Vilar de Porcos. Foi uma vila romana e mais tarde uma quinta pertencente a D. Berenguiera e, posteriormente, freguesia.Pertenceu ao concelho da Maia e foi integrada no de Vila do Conde em 1870. Tem como padroeira Santa Marinha.

A Igreja de Santa Marinha de Vilar do Pinheiro é um pequeno mas elegante templo setecentista, de traça sóbria mas agradável, nele destoando apenas a enorme e desproporcionada torre sineira adoçada à direita. 

A frontaria apresenta um pórtico retangular integrando um frontão em arco, interrompido e sobrepujado por uma pequena janela gradeada. A já referida torre sineira foi-lhe adicionada nos finais do século passado, encontrando-se dividida exteriormente em três andares e coberta por uma cúpula piramidal em granito.»

 

Fotos em 2021 10 01 Canon 197_10

VER   Templos religiosos 20 - Mosteiró 

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