Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

“Stories” | Natalia Jaskula

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“Stories” | Natalia Jaskula



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A fotografia, enquanto arte que tenta fixar a realidade, é uma das melhores formas de representação da contemporaneidade. O diálogo entre a arte e o corpo e, consequentemente, a localização do corpo no tempo e no espaço têm sido uma constante no trabalho de Natalia Jaskula . Uma permanente revisitação da sensualidade e delicadeza do corpo, criando sempre um elo de cumplicidade entre o fotógrafo e o modelo. Propondo-nos uma leitura cénica e fragmentada, Natalia Jaskula confronta-nos com o rigor mortis da fotografia, essa arte que pode ser como a palavra porque, se nos sensibiliza, também nos incomoda e persegue. Arte que nos conduz à reflexão, o que, na nossa contemporaneidade, é também uma forma de resistir. 
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Texto | Ricardo Paulouro
Fotografias de Natalia Jaskula | Edição de Susana Paiva

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