Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Necrópoles e túmulos (13) - Amoreira (Óbidos) Aljubarrota,

 * Victor Nogueira

Amoreira



Cemitério e capela

Da estrada avista-se uma igreja, a de N. Sra de Aboboriz, com dois cruzeiros, duas varandas ou galilés alpendradas e cemitério adjacente, que fotografo. A igreja foi construída no local onde num dia de verão uma jovem pastora teria visto uma aparição da Virgem Maria no cimo dum loureiro. Consta que existe um túnel subterrâneo proveniente de Óbidos, que serviria de passagem de emergência e terminava nesta igreja. Esta povoação já teve um castelo e uma Misericórdia, hoje desaparecidos. (Notas de Viagem, 1997.10.30) 


Aljubarrota


     

Igreja de S. Vicente

«Localizada nunm dos termos da povoação, esta igreja, modesta, com uma torre manuelina, tem dois túmulos no exterior, defronte da fachada principal. É insólita a existência destas duas arcas tumulares, oitocentistas, qualquer delas com caveira e duas tíbias cruzadas. Insólita porque os enterramentos nas igrejas se faziam no seu interior, sob o lajedo ou em arcas tumulares em capelas próprias ou nas criptas, até que as reformas do século XIX os proibiram, o que deu então origem a levantamentos populares como os que são descritos em "A Morgadinha dos Canaviais", de Júlio Dinis.» (Notas de Viagem, 1997.10.31).

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