* Victor Nogueira
Numa tarde soalheira mas não tão abrasadora como em dias anteriores fomos até Palmela e aos moinhos para ver o rasto do incêndio, que devorou a encosta do castelo e os terrenos limítrofes, mas não só. Aqui, em Aires e em muitos outros locais as chamas rodearam ou atingiram as habitações e os edifícios de outro tipo.
Vistos de perto, os moinhos não são tão sedutores e "mágicos" quando vislumbrados lá do alto das muralhas. No horizonte, neste dia levemente neblinado, a fita azul do Rio Sado, marginado pela Península de Tróia e por Setúbal, que dizem ser a cidade do Rio Azul mas que para mim, vista de qualquer miradouro, é uma mediterrânica cidade branca, apesar de presentemente nos velhos edifícios do centro histórico muitos deste estarem a ser pintados de cores vivas: amarelo, vermelho, violeta, rosa ....
Estes monhos, cercados pelo fogo, conseguiam escapar á destruição, embora num deles uma sebe tenha a parte inferior queimada e a superior verde. Aliás, não poucos pinheiros conservaram a copa verde enquanto o caule e as ramadas inferiores apareçam queimadas, duma cor acastanhada. Contudo as chamas destruíram completamente outros moinhos, alguns em laboração para efeitos pedagógicos, integrados na Rota dos Moinhos, ao longo das cristas das Serras do Louro e dos Barris, no Parque Natural da Arrábida.
As muralhas
A paisagem
(Marcas do incêndio em Aires, na Estrada da Baixa de Palmela)
Os mirones e os meios de transporte
Sem comentários:
Enviar um comentário