Kant_O_Photomático: o jeep do engenhocas e o Morris Minor, mas não só

Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sábado, 15 de fevereiro de 2020

o jeep do engenhocas e o Morris Minor, mas não só

* Victor Nogueira

A partir do chassis dum veículo automóvel, o meu pai construiu um jeep, que conjuntamente com a carrinha Morris Minor foi o 1º carro dos Nogueira da Silva. Se a memória me não falha, o jeep era verde e a carrinha de côr creme. As carrinhas costumavam ter uma grade justaposta à traseira da cabine e a miudagem adorava ir em pé, agarrada à grade, com a brisa a bater na cara. Naquele tempo não havia as "limitações" actuais para circular. De bónus, o meu 1º carro, a pedais, se não contarmos com o triciclo que a minha mãe me ofereceu no Natal que no Porto passámos em 1949.