Kant_O_Photomático: Setúbal e a Igreja da Boa Hora do Convento dos Frades Grilos

Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Setúbal e a Igreja da Boa Hora do Convento dos Frades Grilos

* Victor Nogueira

Na Praça do Quebedo e seguindo a rota de Bocage - 30 poemas na Rua reparo que a Igreja da Boa Hora ou dos Frades Grilos está aberta e decido entrar. Fica ela defronte do antigo Palácio dos Cabedos, numa Praça que a linha férrea dividiu e separou, fora da muralha medieval, no que então eram arrabaldes e onde se situam os antigos conventos, actualmente e na sua maioria inseridos na malha urbana do que se convencionou designar como Centro Histórico.

Deste Convento fundado no século XVI (1566) por Jacinto de Melo, que fora frade da Ordem dos Agostinhos Descalços ou dos Frades Grilos subsiste a Igreja com excelente azulejaria neo-clássica do final do século XVIII cobrindo as paredes com cenas da vida de Santo Agostinho. Na fachada (neo-clássica), o tímpano exibe as armas da Ordem, partidas com as de Portugal e a águia de Hipona. De salientar uma escultura seiscentista, em prata lavrada, representando Nossa Senhora do Rosário com o Menino. Neste Convento funcionou um colégio onde se ensinava filosofia racional e moral, história e teologia.

Parte do edifício foi cedido à Câmara que o utilizou como Liceu Municipal e Oficinas da Abegoaria de limpeza da cidade, sendo presentemente ocupado pela Policia Judiciária de Setúbal.

FONTES: http://www.e-cultura.sapo.pt/patrimonio_item/2495

http://digitarq.adstb.arquivos.pt/details?id=1330001