Alberto M. Ferreira, expositor
Preservação e memória: A Cultura e a arte no Cemitério São Gonçalo do Amarante
A exposição fotográfica Preservação e memória: A Cultura e a arte no Cemitério São Gonçalo do Amarante em Penedo, que aconteceu em uma das salas da Casa do Penedo nos dias 21,22 e 23 do corrente mês, faz parte do projeto anterior intitulado: Memória de Famílias Tradicionais de Penedo, é parte fundamental, pois visa levantar dados sobre personagens penedenses ilustres, além de sugerir a inclusão do cemitério São Gonçalo do Amarante ao roteiro turístico na cidade de Penedo. O intuito da exposição não se reduz a fazer conhecer a realidade do cemitério da cidade, mas promover uma ‘’educação patrimonial ‘’, através de um processo de valorização mais amplo.
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A partir das fotografias e de pesquisa complementar os organizdores espéram ser viável propor, planejar e programar estratégias para sensibilizar, motivar e apoiar ações patrimoniais e turísticas envolvendo a população penedense.
Apresentação
A presente reflexão que se traz a público através das fotografias do Cemitério São Gonçalo do Amarante, em Penedo, tem por objetivo ampliar a reflexão sobre este espaço de memória e de patrimônio. A morte e seus temas derivados: o luto, o morto, etc. costumam ser objeto tabu na sociedade, e ainda que a morte seja “[...] fato real, cultural e social na sociedade, [ é] caracterizada pelo esquecimento fácil” (OLINTO,1999 :17). Refletindo sobre o tema, ele observa que “[...] a morte é um problema filosófico na sociedade moderna’’(OLINTO,1999:19,- Luto: uma dor perdida no tempo-) esclarecendo que na sociedade as práticas mortuárias estabelecem uma relação que privilegiam falar do morto, e não da morte. Sabe-se que todas as sociedades reúnem, em suas culturas, formas variadas de representação da morte. Sendo assim, de que maneira um espaço como um cemitério, para além de seu sentido e sentido usuais, pode ser usufruído enquanto patrimônio?
Cemitério como Patrimônio
Enquanto patrimônio, o cemitério apresenta ampla possibilidade para se repensar sua função, não apenas como depósito de corpos, mas como espaço privilegiado de memória. Fazendo parte da paisagem cultural de uma sociedade, em torno dele uma série de práticas relacionadas ao fenômeno da morte são constantemente atualizadas, seja por ocasião da realização enterros ou das visitas ao local no dia de finados.Por fim, é necessário destacar a importância do patrimônio e da educação patrimonial na sociedade, pois é através desta que se ampliará o conhecimento crítico construído a partir da experiência de descoberta dos bens culturais. A educação patrimonial surge, assim, como um importante instrumento de “alfabetização cultural” (QUEIROZ: 1999:12 -Educação Patrimonial)
Da redação com informações
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