Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

domingo, 9 de novembro de 2025

Azenhas no Rio Ave, em fotos de capa (33) imagens d'outrem

 * Victor Nogueira    



oFtografia da Colecção da Foto Guedes, pertença do Arquivo Municipal do Porto, de autoria, data e local desconhecidos. Pela paisagem envolvente e alguns pormenores da imagem, presume-se que retrate uma cena do início do século XX, algures na região do Minho. Atente-se no pormenor da eventual transferência da carga (cereal ou farinha) dos animais para a barca, assim como na azenha temporária, tendo em conta a sua estrutura tosca e cobertura de colmo, com o paredão em cunha que a protegia das fortes correntes e cheias de Inverno(.»1)


A estrutura aparentemente precária na margem direita, seria de apoio a azenha, de pedra. ou a casa e armazém do moleiro. Note-se que esta azenha é de menores dimensões do que a que lhe fica defronte, na margem esquerda

2025 11 03  - Azenhas no Rio Ave, Vila do Conde. Pormenor de fotografia do início do século XX, do Estúdio Guedes (Porto). Espólio do Arquivo Municipal do Porto. (1)

Nos dias de hoje este terreno é um baldio, onde uma esguia chaminé fabril, vermelho tiljolo, se ergue solitaria, testemunho de épocas passadas


2025 11 05 -Azenhas do Mosteiro de Santa Clara; Autor: Marques Abreu; Ano: c. 1900; Fonte: Arquivo pessoal José Cunha. (1)

«As "Azenhas do Mosteiro de Santa Clara" referem-se a um complexo de azenhas no rio Ave, que pertenceu ao Mosteiro de Santa Clara em Vila do Conde. Estas azenhas, com possível origem no século XVI, foram doadas ao mosteiro em 1385 pelo rei D. Fernando, que já as havia adquirido de volta para o património real. Nos dias de hoje, o edifício não existe mais, tendo sido demolido em 1937 para a construção de uma nova marginal, embora a ponte tenha sido substituída por uma nova,.

Origem e propriedade: As azenhas datam, possivelmente, do século XVI e foram doadas ao Mosteiro de Santa Clara em 1385.

Localização: Situavam-se no rio Ave, na margem direita, em Vila do Conde.

Construção e demolição: Foram demolidas em 1937, durante as obras de restauro do mosteiro.

Estado atual: O edifício original não existe mais e foi substituído por uma nova avenida marginal. » (AI Overview)

(1) VER «História, cultura, património e inovação das azenhas, moinhos e açudes no Vale do Ave: Apogeu (Sécs. XIV – XIX)


(1) "Moinhos de Portugal" in https://www.facebook.com/MoinhosPortugal

VER nas margens do Rio Ave

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