Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

fotos de estúdio, antigas


fotos de estúdio - Quem são estes personagens, desconheço, e como estas fotos vieram ter à minha mão, não me recordo. Estariam dentro dalgum livro comprado em feira de velharias? Tê-las-ia encontrado nas ruínas duma casa que tenha visitado? Fica a incógnita. E a pose característica em photos e quadros deste género, retratos da burguesia, sem sorrisos, ar sério e solene, "comme il faut", a mulher sentada, encoberta da cabeça aos pés, e o homem de pé, dominador, à espera talvez do "Olhem o passarinho!"

A photo da esquerda é da Photographie Universelle A. Solas [Alexandre Solas], na Rua Oriental do Passeio Público, 52, Lisbonne, e a da direita de E. Knopfli [Eduardo Knopfli] Photographe, conforme impressões na frente e verso de cada uma delas. As duas referidas casas fotográficas laboraram em Lisboa no último quartel de século XIX e múltiplas referências às mesmas podem encontrar-se na internet.

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