Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Fotografia para secar

17 de julho de 2009. | N° 465
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Alerta
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FOTOGRAFIA

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MOSTRA O CORPO QUE FALA EXPÕE IMAGENS IMPRESSAS EM TECIDOS E PENDURADAS EM VARAIS NO SHOPPING MUELLER

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Na década de 70, o poeta Alcides Buss fez história em Joinville com seus varais literários, colocando a poesia para “secar” em lugares públicos. Agora é a vez da fotografia aproveitar-se da ideia. O Núcleo Joinvilense de Fotografia está expondo, no Shopping Mueller, imagens do Festival de Dança do ano passado. As fotografias da mostra “O Corpo que Fala” foram impressas em um tecido especial e penduradas em um varal com grampos.

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Luiz Hille, um dos fotógrafos do núcleo, informa que é a primeira vez que o grupo investe nesse estilo de exposição. “Estamos experimentando com outros formatos. Hoje é possível imprimir a fotos em vários materiais, o fotógrafo não está mais limitado ao papel”, diz Luiz. As 20 imagens da exposição foram estampadas em um tecido de poliéster próprio para impressão digital, fabricado pela empresa joinvilense Döhler.

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Além das fotos de Hille, também integram a mostra “O Corpo que Fala” os trabalhos dos fotógrafos Amir Jr., Karla Pfeiffer e Marcus Bohn. Segundo Hille, encapsular na lente as nuances das coreagrafias apresentadas no Festival de Dança é um desafio para os fotógrafos.

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“É muito difícil fotografar o festival. Muitos espetáculos são escuros e nem todos os fotógrafos do núcleo têm as lentes necessárias. Mas o resultado é espetacular”, elogia.

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Este ano, o Festival de Dança continuará no foco do Núcleo Joinvilense de Fotografia. O grupo recebeu duas credencias, que serão compartilhadas pelos integrantes. “Em cada noite do festival estarão presentes dois fotógrafos do grupo. As imagens capturadas formarão uma nova exposição”, adianta Hille. Integram o Núcleo fotógrafos amadores e profissionais conceituados, como Peninha Machado.

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Além de reunir apreciadores de imagens para expedições fotográficas, o núcleo tem conseguido escoar trabalhos dos integrantes. Nos últimos dois anos, foi responsável por uma série de exposições. Entre elas, a mostra “Índios”, com imagens feitas na aldeia indígena Tiarajó, em Araquari.

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rodrigo.schwarz@an.com.br

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in Jornal A Notícia -

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