Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui

“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)

«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Mirando o rio Ave

Quarta-feira, Maio 23, 2007






No Leito da Vida
Uma tragédia em dois actos


* Rui Pedro Gato

A tarde dissolve-se sobre a terra, sobre a nossa casa. O céu desfia um sopro quente nos rostos. Acende-se a lua, e com ela acende-se o teu rosto apagado, cansado, derrotado. O rosto ausente de ti.
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Olhas o vazio que em cima tens, o tecto. Eu choro o vazio que em ti me lembra o chão. A lua foca-te como se numa peça de teatro na qual eras a actriz principal, fizesses o monólogo final. Calada, imóvel, condenada. A lua eterna foca o cair do teu pano.
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Foi sob esta mesma lua que nos beijámos a primeira vez. Lembras-te? Eu lembro-me. Lembro-me como se não tivesse acontecido. E tinhas tu 17 anos. Parece impossível. Já fomos jovens...eras linda. Tinhas vida que dava para ti e para mim. Eras jovem. E eu estava lá, nos teus 17 anos... Lembras-te?
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continuação em Kant_O_XimPi
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ou em


Conto - Rui Gato
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Fotografia de Victor Nogueira (Rui Pedro)

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Colocado por Victor Nogueira @ Quarta-feira, Maio 23, 2007
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