Castro Barroso Gato Nogueira - Blog Photographico - lembrança da moça do Alentejo
Escrevivendo e Photoandarilhando por ali e por aqui
“O que a fotografia reproduz no infinito aconteceu apenas uma vez: ela repete mecanicamente o que não poderá nunca mais se repetir existencialmente”.(Roland Barthes)
«Todo o filme é uma construção irreal do real e isto tanto mais quanto mais "real" o cinema parecer. Por paradoxal que seja! Todo o filme, como toda a obra humana, tem significados vários, podendo ser objecto de várias leituras. O filme, como toda a realidade, não tem um único significado, antes vários, conforme quem o tenta compreender. Tal compreensão depende da experiência de cada um. É do concurso de várias experiências, das várias leituras (dum filme ou, mais amplamente, do real) que permite ter deles uma compreensão ou percepção, de serem (tendencialmente) tal qual são. (Victor Nogueira - excerto do Boletim do Núcleo Juvenil de Cinema de Évora, Janeiro 1973
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
duas fotos e dois poemas de pedro barroso
foto victor nogueira - oeiras - ilha dos amores no parque dos poetas - escultura de Francisco Simões Pedro Barroso - Bonita
Primeiro foram as mãos que me disseram que ali havia gente de verdade depois fugi-te pelo corpo acima medi-te na boca a intensidade senti que ali dentro havia um tigre naquele repouso havia movimento olhei-te e no sol havia pedras parámos ambos como se parasse o tempo
é tão dificil encontrar pessoas assim bonitas
atrevi-me a mergulhar nos teus cabelos respirando o espanto que me deras ali havia força havia fogo havia a memória que aprenderas senti no corpo todo um arrepio senti nas veias um fogo esquecido percebemos num minuto a vida toda sem nada te dizer ficaste ali comigo
é tão dificil encontrar pessoas assim bonitas
falavas de projectos e futuro de coisas banais frivolidades mas quando me sorriste parou tudo problemas do mundo enormidades senti que um rio parava e o nevoeiro vestia nos teus dedos capa e espada queria tanto que um olhar bastasse e não fosse no fundo preciso queria tanto que um olhar bastasse e não fosse preciso dizer nada
é tão dificil encontrar pessoas assim bonitas
Poema interpretado por Pedro Barroso em
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foto victor nogueira - oeiras - parque dos poetas - ilha dos amores - escultura de francisco simões
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