A astrofotografia permite o registro permanente dos fenômenos celestes, propiciando sua comparação posterior, tanto na astronomia observacional produtiva, registrando estrelas variáveis, meteoros, eclipses etc. quanto no registro de belas imagens, que obtidas de forma simples são motivo de fascínio.
Diniz pretende desmitificar as dificuldades em fazer astrofotografia e mostra que com um pouco de conhecimento, técnica e pouca instrumentação podem-se fazer fotos do céu muito bonitas e interessantes. “Abordarei as técnicas usadas em astrofotografia com abundância de exemplos práticos. A intenção é motivar mais e mais pessoas para que possam se iniciar nessa bela arte e desta forma se aprofundar na astronomia”.
Ele afirma que qualquer pessoa com equipamentos modestos pode fotografar os astros. “Para começar a fotografar o céu você precisa de uma máquina fotográfica, um tripé e um cabo disparador. O curso é voltado principalmente aos iniciantes, mas os experientes também terão oportunidade de aprofundar questões”.
O flare do Iridiun captado dentro do Cruzeiro do Sul. Filme Kodak PPF400. Foto publicada na Astronomy - Explore the Universe, dezembro 1999 (José Carlos Diniz)
O curso também pretende incentivar os professores a usar a astrofotografia como instrumento didático. “Através das fotos aprendemos a distinguir constelações, registrar fenômenos celestes, atmosféricos etc. Essa iniciação e os resultados práticos e visuais estimulam a curiosidade e o gosto pela ciência”.
Em seu site (www.astrosurf.com/diniz/), Diniz apresenta as “astroengenhocas”, que utiliza como ferramenta para incentivar os mais jovens e como forma de suprir as necessidades instrumentais. “No Brasil de hoje poucos têm acesso a instrumentos e acessórios astronômicos. Os altíssimos e escorchantes impostos tornam proibitivo importar telescópios, montagens oculares etc. Assim, o brasileiro, com sua criatividade, ‘bola’ suas engenhocas de acordo com a necessidade, sempre com criatividade e bom humor. A comunidade ATM (Amateur telescope making) brasileira é muito atuante e reconhecida no exterior”. As engenhocas não estarão no minicurso, mas Diniz está à disposição para falar delas aos interessados.
José Carlos Diniz é médico e astrônomo amador. “Faço medicina por profissão e vocação. A astronomia entrou em minha vida como um complemento, uma forma de ampliar meus horizontes, unindo ciência, beleza e conhecimento. Fotografar e estudar os fenômenos celestes é hoje para mim uma necessidade e ajuda a manter a sanidade nesse mundo conturbado em que vivemos. As disputas e vaidades ficam reduzidas a nada diante da grandeza do Cosmos”, finaliza.
As inscrições para o X Encontro Regional do Ensino de Astronomia (X Erea) estão abertas e podem ser feitas no site: www.erea.ufms.br .
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