SÁBADO, 17 DE NOVEMBRO DE 2007
Valência.
No fim-de-semana passado (partimos sexta e vimos no domingo: 10h de caminho para lá e para cá) fomos a Valência visitar a Dinah.
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Pelo caminho encontramos paisagem e mais paisagem - planície e mais planície, tanta planície em tons ocre dos quadros de Picasso [1], que nos parece enxergar bem mais longe no horizonte. O Tejo (em Espanha, Tajo) acompanha-nos durante algum tempo.
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Se desviarmos para Toledo (a magnífica Toledo rodeada pelo Tejo e aqui regressamos à Idade Média) que foi o que fizemos na ida e na volta, deparamo-nos, por vezes com uma paisagem perigosamente próxima do deserto (foi lá que Sergio Leoni [2] filmou filmes de cowboys). O deserto de Atacama (no Chile), branco, em miragem de água onde não há água, vai emergindo aqui e acolá ao longo da paisagem ressequida.
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A cidade de Valência, 3ª maior cidade de Espanha, é uma cidade interessante. O rio que a atravessava, o Turia, foi desviado e ao longo do leito do rio, por debaixo de inúmeras pontes (passámos por debaixo de umas 7 ou 8, antigas e modernas) construíram frondosos jardins, complexos desportivos e culturais que vão desembocar na Cidade das Artes e das Ciências (um esplendor arquitectónico da autoria de Santiago Calatrava) e no Mediterrâneo.
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Valência é também uma cidade interessante pelo potencial multicultural e pela concentração de estudantes. A Dinah está envolta na aprendizagem da língua, no cultivo das amizades, na descoberta de outras culturas, na paixão pela genética.
Por ora é o que me apraz dizer do retrato a sepia que vos procurei transmitir.
Abraços saudosos
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