* Victor Nogueira
Os Paços do Concelho de Amarante foram instalados num dos claustros do Convento de S. Gonçalo, para o efeito adaptados em 1863. No mesmo conjunto edificado está instalado o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso
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Amarante - Igreja e Convento de São Gonçalo
Amarante e o Rio Tâmega
«A povoação de Valdevez terá sido, até ao século XII, cabeça do território de Ribeira-Lima, devido em grande parte à sua posição estratégica privilegiada entre o Norte de Portugal e a Galiza. Durante a alta Idade Média, a administração local começou a centralizar-se em torno da localidade de Arcos, que, como o topónimo indica, se desenvolvera em torno da antiga ponte do rio Vez. Alguns autores referem um primeiro foral, dado ainda por D. Afonso Henriques, em c. 1129, mas o único documento deste género conhecido com certeza é o foral manuelino de 1515. O concelho conserva ainda o seu pelourinho quinhentista, originalmente levantado no centro da Praça Municipal, diante da antiga Casa da Câmara. Em c.1700 foi levado para o lugar da Valeta, junto do rio Vez, onde se reuníam as lavadeiras, e só em 1895 foi colocado, pela Câmara Municipal, no largo fronteiro à Igreja Matriz de Arcos de Valdevez.
O pelourinho possui plataforma de quatro degraus quadrangulares de aresta, sobre os quais assenta a coluna e o capitel / remate. A coluna arranca de um pequeno toro, e tem fuste composto por uma coluna central, envolvida por três colunelos espiralados, equidistantes, cuja torção não ultrapassa um terço do diâmetro total. É encimado por uma moldura plana circular, que se interrompe nos colunelos, e na qual se pode ler a legenda JOANS / LOPEZ / MEFEZ. O capitel é em cesto ou taça de grandes dimensões, e decorado com três escudos régios sobre cada colunelo, intervalados por séries de três gomos. Sobre cada escudo levanta-se uma peça curva semelhante a um arcobotante, unindo-se as três no topo. Em cada terço do cesto do capitel levantava-se originalmente uma pequena esfera armilar, sobre colunelo torso, e encimada por motivo flordelisado; estão em parte mutiladas. No topo do conjunto repousa esfera idêntica, sem coroamento.
O conjunto é claramente manuelino, não apenas pela tipologia arquitectónica, mas igualmente pelo discurso ornamental, com destaque para a heráldica régia. É de realçar ainda o interesse da inscrição com indicação da autoria, que remete para o conjunto da obra de João Lopes-o-Velho, activo no Norte de Portugal e na Galiza entre o início do século XVI e c. 1559. Ainda que não se conheça a data do seu levantamento, é frequente referir o ano de 1531 (REIS, António Matos, 2000), que ainda justifica o referido carácter tardo-gótico e a influência manuelina do pelourinho. (SML / DGPC)»
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Uma Photographia por si só vale por mil palavras?