Aqueduto de Santa Clara em Vila do Conde (Avenida do Atlântico) - (2014 09 18)
2014 - Inicialmente formado por 999 arcos, com cerca de 5 km, é o segundo aqueduto mais extenso de Portugal, construído entre 1705 e 1714, desde o Convento de Santa Clara até à nascente (Terroso, Póvoa de Varzim), com o objectivo de levar água até ao chafariz do Mosteiro, através da sua arcadura.
Do conjunto inicial persiste ainda uma grande parte da estrutura inicial, embora já muito fraccionada, sendo o troço da Igreja de Santa Clara e até ao limite do Concelho de Vila do Conde o que melhor conservação apresenta, numa extensão de 500 m, num total de cerca de quatro quilómetros. Possui uma arcaria de envergadura e altura decrescente, com arcos quebrados e perfil superior do canal arredondado.
Existem construções adossadas a alguns tramos, designadamente nas proximidades do Convento de Santa Clara.
Nestas minhas deambulações não tive acesso ao claustro do convento, que se encontra em obras de conservação e prevenção da ruína, nem à nascente em Terroso, por deficiente sinalização, num café sendo esclarecido que esta não existirá mãe-de-água ou qualquer outra referência, junto à capela de Santo António.
foto victor nogueira . setúbal - aqueduto dos arcos
Águas em Setúbal e Azeitão - 01 - Setúbal
Águas em Setúbal ? De que águas falamos ? Do vasto estuário de Rio Sado considerado uma das mais belas baías do Mundo ? Das ribeiras que neles desaguam ou desaguavam, como as da Ajuda, de S. Francisco, do Paraíso (ou do Livramento, hoje encabada), de Palhais ? Do aqueduto que partindo de Alferrara abastecia a Vila de Setúbal ? Dos fontanários ou chafarizes de Setúbal e de Azeitão ? De noras e alcatruzes ?
Foto victor nogueira - Mindelo - Lugar da Igreja com o campanário da Igreja de S. João Evangelista 2016.10.07
Esta Rua da Igreja, que desce do Lugar do Outeiro até ao Largo onde entronca com a rectilínea Rua da Praia, que liga a EN 11 à Praia da Gafa, é uma via sinuosa, estreita, de largura variável no seu percurso, com as antigas casas de lavoura, como rua de (antiga) aldeia que é.
Como passa por baixo do viaduto ferroviário, prefiro utilizá-la em alternativa à Rua da Praia, que frequentemente tem as cancelas fechadas à passagem regular do Metro de Superfície, com filas de carros,por vezes longas.
Naquele tempo, no local onde se construiu o Parque Verde da Lanchoa, no Pote de Água, era campo, onde pastavam rebanhos de ovelhas e de cabras, Aqui havia uma nora, que a Junta de Freguesia, terraplanado o terreno, arrasou, para dar lugar ao espaço verde., no qual se não conservaram as espécies arbóreas nele existentes: sobreiros, oliveiras e pinheiros mansos.
O pessoal operário era dirigido por um encarregado geral, analfabeto, apenas com conhecimentos práticos. Um dia chamei-lhe a atenção de que a obra estava a ser mal executada, e que deveria terminar um pouco mais atrás.
Munido da planta, disse-me "ó doutor, a obra está bem, pois termina neste prédio". Retorqui-lhe: "O senhor está a ler mal a planta. A obra termina aqui, nestes prédios que ainda não foram construídos, e não neste, que já está edificado". De modo que lá tive de chamar a atenção do meu colega engenheiro que fiscalizava a obra, para resolver a questão.
Mas a outro engenheiro, que dirigia a construção dum muro de suporte de terras, o referido encarregado geral advertiu: "ó senhor engenheiro, o muro vai ruir." "Não vai", garantiu o outro e, mal virou costas, pimba, o muro veio mesmo abaixo.Enfim ....
Ao longo do ano e não apenas no Carnaval se fazem encenações, como as que se ilustram de seguida, embora a primazia seja nas festas natalícias, inicialmente pelo Nogueira da Silva, cujo sucessor foi o Rui Pedro, a partir de certa altura acolitado por um ajudante, o Cisco Kid, agora para gáudio do João. e, em breve, daqui a uns meses, também da Mariana. Salvo indicação contrária, o fotógrafo é o editor deste post. «A Susana, acabada de acordar, veio até aqui perguntar se eu
andava a escrever o meu diário, emitindo a douta opinião de que os diários só
se escrevem ... ao fim do dia e não a meio da manhã. Quanto ao Ruiapareceu agora dizendo que era um hippie, de
tronco nú, vestido com as calças de ganga,um colete da irmã e as joias artesanais dela ao pescoço e nos braços. É
o ai Jesus da Alexandrina, que o trata como o menino da avó, com ternurinhas e
cuidados risonhos, coisa a que não está muito habituado.» (MMA 1993.08.20)
Numa das fotos abaixo, a gabardina branca, à Humphrey Bogart, é já uma peça histórica. Era do meu pai, nos anos '40, no Porto, e trouxe-a comigo para Portugal, nos idos de '66. Ainda existe. A pistola era de alarme. Uma vez foi "apreendida" pelo meu pai. Este costumava comer a sopa segurando o prato a meia altura e eu, de súbito, disparei a pistola, e ele, com o sobressalto, enfiou a cara na sopa. Resultado, fiquei sem arma, inapelavelmente.
,
Na taberna (Exposição "O Homem e o Trabalho"), em Setúbal
Mais uma máscara, neste Carnaval
de 2013 que em Setúbal pregou a partida à meteorologia não despejando catadupas
de água,
Nunca apreciei o Carnaval que era
tema de redações do estilo O Carnaval, A Primavera ou "Que
queres ser quando fores grande" Não me recordo de alguma vez ter-me
mascarado, quanto muito apenas uma caraça. Nas redações lá vinha a inevitável
referência "à carne a vala", da folia que antecedia a quaresma
das cinzas até à 6ª Feira Santa - em que se não podia ouvir música, antes
meditar na Paixão e Morte de Cristo, Nosso Senhor que ressuscitaria em grande
no Domingo de Páscoa, aquele em que pelo menos uma vez no ano se devia
comungar.
Mas retornando ao Carnaval,
sempre me causou uma certa perplexidade que em Portugal, sociedade machista de
pegas, toiros, engates e mulheres submissas ao estilo faduncho do "Não
Venhas Tarde!", de Carlos Ramos, homens pretensamente másculos se
disfarçassem de mulher. Do que recordo do Carnaval são as criancinhas
mascaradas e das brincadeiras estúpidas e de mau-gosto, como atirar farinha,
ovos ou urina para cima dos transeuntes. Farinha que em Luanda se lançava na
rua ou para dentro dos automóveis, obrigando-nos a fechar os vidros e trancar
as portas
Em Luanda havia também corsos
carnavalescos indígenas, animados e multicolores, que foram proibidos após o
início da guerra colonial em 1961.
Não me lembro de haver corsos carnavalescos
em Portugal antes do 25 de Abril como hoje existem, uma caricata e tola
imitação do Brasil, onde nesta altura está sol e faz calor - como em Luanda,
enquanto que em Portugal está frio e muitas vezes chove, obrigando as "corsantes"
quase despidas a tiritarem e baterem os dentes, como assisti uma vez na Moita,
em tarde de frio e chuva..
E "prontus",
amanhã tiro as máscaras e volto às fotos de perfil habituais.
O poema que se segue foi escrito
em Sousel e não em Évora.
Pesquisando na net nada encontrei
- nem fotos nem filmes sobre o carnaval em Luanda antes da independência. Devo
ter por aí fotos do Turismo de Angola da altura, mas não dá para procurar
agora. Encontrei apenas este curto filme sobre o Carnaval na Ilha de
Moçambique, nos anos 60 do passado milénio.
Ilha de Moçambique, anos 60, Carnaval no Macuti
Ah! Também encontrei filmes sobre o Carnaval de Ovar da mesma época.
Notas soltas
(2010.02.15)
[15-02-2010 20:21:24] : Aqui tem chovido e feito muito frio, mas anteontem esteve um dia cheio e sol
.[15-02-2010 20:22:04] : Os cortejos carnavalescos é que devem estar lindos:
[15-02-2010 20:23:13] : as mulheres vão nos carros alegóricos quase despidas, como se estivéssemos no trópico sul e devem tremer de frio e encharcadas e os carros desfeitos
[15-02-2010 20:24:07] Em Portugal é agora hábito organizar os carnavais como no Brasil.
[15-02-2010 20:24:59] : Alguns têm muita fama, como os de Ovar e de Torres Vedras
[15-02-2010 20:27:15] : Agora no Brasil e em Angola faz muito calor mas aqui na europa faz frio
[15-02-2010 20:31:43] : Aqui as pesssoas mascaram-se e atiram farinha e ovos para cima das pessoas
[15-02-2010 20:32:39] : Os ovos é uma estupidez, pois as pessoas ficam todas sujas e por vezes com a roupa estragada
[16-02-2010 16:06:53] : Afinal não fui a Lisboa. À última da hora apercebi-me que ainda não é 4ª feira, mas sim 3ª feira, último dia de Carnaval.
Tempo de Carnaval
(2010.02.17)
É já noite. Terminou o Entrudo e
amanhã já é 4ª feira de Cinzas. O tempo tem estado frio, cinzento e chuvoso,
pouco apropriado a festividades e cortejos carnavalescos macaqueados do Brasil.
Lembro-me dum ano em que fui à Moita, numa tarde fria de inverno e as moças, em
trajes reduzidos, bailavam ao som da frialdade. Talvez me dê para colocar no Galeria
& Photomaton vídeos do Carnaval em Ovar e em Torres Vedras. A este
assisti uma vez quando a caminho das Caldas da Rainha me vi forçado a parar
devido aos condicionamentos do trânsito automóvel durante o desfile. Talvez de
ambos os carnavais tenha fotos que ainda não estão digitalizadas.
Em Setúbal houve desfile no
Parque das Escolas ou de José Afonso, ao qual o Rui assistiu com a Susana,
duma das janelas da casa dele. Eu fiquei em casa, que o tempo esteve desagradável.
Mas no sábado, pelas ruas e no Centro Comercial do Jumbo as crianças andavam
mascaradas.
Em Luanda no Carnaval atiravam
fuba (farinha) às pessoas, pelo que andavam com os vidros dos carros fechados,
ou esguichavam-nas com água. Para além disso havia os cortejos carnavalescos,
feitos pelos negros dos musseques, que foram proibidos após o início da guerra
em 1961 e que agora foram retomados. Aqui em Portugal há a mania de atirarem
com ovos para cima das pessoas; um ano ia a passear com uma amiga minha, em Oeiras, e ela
ficou com o cabelo todo empastado e o fato estragado, pelo que acabou então o
passeio.
E pronto, a conversa por hoje
está feita, com a sugestão de algumas hiperligações para posts relativos ao
Carnaval.
O quarto onde tenho dormido em
casa do senhor Cachopo - o da frente - é barulhento. ([1])
Toda a noite se ouvem motorizadas roncando e homens cantando com todas as
cordas vocais desafinadas. Numa das vezes ouvi cantar os versos duma das
canções dos "ensaiados",
no Carnaval. (MCG - 1973.04.02)
No Porto, 1963
(1963.02.24 a 27)
À tarde fomos todos dar uma
volta, a pé. Diverti-me imenso. Em casa, com duas pistolas de água, estivemos a
guerrear-nos. (…) As ruas estavam cheias de aficionados do S. L. Benfica e do
F. C. Porto, que hoje jogavam non Porto. Este último perdeu por 2 x 1, cedendo
o comando da classificação ao primeiro (Diário III 1963.02.24
Fui a casa do avô Luís passar o
dia. À tarde ele, eu e as minhas tiasinhas fomos lanchar ao Café Astória.
A Maria não foi. Depois de chegarmos a casa continuei a minha guerra com
pistolas de água, com a Maria. ([2])(Diário III 1963.02.26)
É hoje o último dia de férias do Carnaval.
Falei, pelo telefone, com a Maria. (Diário III 1963.02.27)
Em Luanda, 1959
(1959.02.10)
Mascarei-me de “cowboy”.
vesti as minhas calças à “cowboy”, camisola às riscas, um lenço ao pescoço,
máscara e um cinto com uma pistola. O cinto e a pistola tive no Natal.
O Zé não se mascarou.
(…) Depois andámos a ver a
animação que reinava pelas ruas. Mas que era pouca, porque ameaçava chover. Um rapaz
forçou o vidro da nossa carrinha e atirou com fuba lá para dentro.
(…) Ontem à tarde também vi dois
mascarados. Um deles levava uma máscara preta, uma toalha verde a tapar-lhe a
cabeça, umas calças remendadas, uns trapos a embrulharem as mãos, um casacão e
um cajado. O outro levava uma máscara de gato, um chapéu de palha, umas luvas
até aos cotovelos, umas calças com um pano multicolor, uma tábua e um saco roto
com latas vazias. Eles iam de tal maneira mascarados que nem sequer se via a
cor da pele nem os cabelos, para ver se eram brancos, pretos ou mestiços.(Diário II, 959.02.10)
Outras visões
(2013.02.12/13)
Ana Albuquerque Apesar
de não ser apreciadora da época carnavalesca, sempre te digo que nos anos 60, o
Carnaval do Estoril era muito badalado e tinha carros bem mais produzidos do
que alguns que agora desfilam. As vedetas convidadas eram quase sempre actrizes
francesas ou italianas.
Clara Roque Esteves Olá
amigo. Eu também nunca fui fã do Carnaval. Recordo, na juventude, os meus
bailes de garagem com os amigos do MEU GRUPO. (sempre vivi muito em grupo...).
Fazíamos uns disparates banais, dançávamos e nada que não fizéssemos em outras
circunstâncias. Dos tempo de África nem memórias tenho do Carnaval.
Depois...sorte porque as minhas filhas também nunca foram fãs. Portanto, o
Carnaval era uma oportunidade de sair de Lisboa e passar esses dias fora. O fotógrafo
não está mal. Obrigada pela partilha. Ah, este Carnaval foi igual aos outros,
apenas um encontro de família, conversa e conversa...
Victor NogueiraClara Roque
Esteves e Ana Albuquerque Pesquisando na net nada encontrei -
nem fotos nem filmes sobre o carnaval em Luanda antes da independência. Devo
ter por aí fotos do Turismo de Angola da altura, mas não dá para procurar
agora. Encontrei apenas este curto filme sobre o Carnaval na Ilha de
Moçambique, nos anos 60 do passado milénio.
Ah! Tb encontrei filmes sobre o
Carnaval de Ovar, da mesma época.
Clara Roque Esteves Amigo,
por acaso visitei a Ilha de Moçambique nos anos sessenta, fora da época
carnavalesca. Honestamente não registei memórias de Carnaval em África e vim de
Moçambique entre os 17 e os 18 anos, como já te disse. Frequentava desde os 15
discotecas ou bailes de garagem. Por cá, o mesmo programa. O Carnaval foi
sempre pretexto para férias. Obrigada pelo video, vou abri-lo agora. Beijinho.
Manuela Silva Na minha
infância e juventude, Carnaval era a véspera da Quaresma, que aí vinham 40 dias
de silêncio, orações e terços, jejuns às sextas, e carne quase nenhuma durante
esses 40 dias. E pronto. Carnaval era o dia em que se podia exagerar em tudo,
carne, vinho (para os adultos, claro), chegando mesmo a cometer o pecado da
gula com prazer redobrado, pensando nas carências que aí vinham. Apenas assisti
uma vez a um desfile fora de Portugal.
Nem música se podia ouvir durante
a Quaresma, imaginem!
Clara Roque EstevesManuela Silva,
em Coimbra estive alojada num lar de freiras. Mas já estava na faculdade e elas
não tinham hipótese de nos controlar... Vitor Victor Nogueira,
já consegui ver o video da Ilha de Moçambique. Uma delícia enquanto recordação.
Carnaval "à branco"...rásparta!
Judite Faquinha Eu
nunca liguei ao carnaval, é uma brincadeira que não me diz nada...dentro dos
meus trinta anos cheguei a mascarar-me para seis jovens poderem sair e aos
bailaricos, eu ia e as mães deichavam-nas ir porque iam comigo e o meu
marido!!! O filme da ilha de Moçambique na caça sub/ aquática, está linda adoro
ver!!! tenho uma amiga de Moçambique!!! Eu hoje fui ver o carnaval a Setubal, e
ao Pinhal Novo mas, não me diz nada os foliões não lhe acho qualquer graça bjs
Carlos Rodrigues Bom
o enterro do Carnaval já foi no dia 12 e só hoje vi a tua postal fotografado
fotografado em flagrante delito. Já Pessoa, com ou sem Carnaval, foi muitas
vezes apanhado no Martinho da Arcada em " flagrante de Litro "...O
Poeta tem ferramentas que nem a ferramenta sabe. A propósito nem todos os
Carnavais Portugueses são Brasileiros, em Torres Vedras terra de boas cepas
ainda se bebe do puro, quer dizer com matrafonas, caricaturas, Rei e Raínha
Nacionais e esse Carnaval já vem do tempo da outra Senhora, é anterior ao 25 de
Abril, a crítica social e os Corsos não vem de agora. Obrigado e diverte-te, o
Carnaval continua...
Galeria Fotográfica
Carnaval em Luanda –
postal ilustrado – CITA, anos ‘60
Porto – Coliseu dos
Recreios – Carnaval (1967 03 24)
Évora, 1980 (foto Victor Nogueira)
Setúbal 1983 (fotos
Victor Nogueira)
Setúbal 1984 (fotos Victor Nogueira)
Setúbal 1985 (foto
Victor Nogueira)
Setúbal e Palmela
1986 (?) (foto Victor Nogueira)
[1]
Largo da Torre do Relógio, uma igreja arruinada
[2]
- Trata-se da Maria Fernanda, que por essa altura se despediu, pois ia para a
terra, em Pico de S. Cristóvão (Vila Verde) para cuidar da mãe, doente, que
precisava dela. (Diário III pag 148).
Foto de família - o regresso a Luanda, em Maio de 1974, após a "licença graciosa".
Completamente alheia ao terramoto que foi o 25 de Abril, a minha mãe regressou a Luanda.
Em 1966 vim para Portugal, prosseguir estudos universitários, num país que então já era para mim o "estrangeiro"
As minhas idas a Luanda a partir de 1967 acabavam em "tragédia" com o meu pai, contra a minha vontade, puxando a conversa para a política e eu lhe contrapunha que aquela era uma guerra perdida e que a independência de Angola era inevitável, quer com um regime multi-racial como o preconizado pelo MPLA, quer com um regime da minoria branca, como o de Ian Smith na Rodésia do Sul,
Se havia "censura" em Portugal, a partir de 1961 ela passou a ser férrea em Angola, até aí mais liberal, com a autêntica manipulação de que "Angola é nossa", mesmo influenciando quem até aí não era afecto a Salazar e defendia a independência de Angola face a Portugal.+
A ironia é que o regresso tenha sido feito no transatlântico "Infante D. Henrique", da Companhia Colonial de Navegação (CCN), e que a tragédia tenha sido o chamado "retorno" a Portugal de centenas de milhares brancos e negros, pouco depois, muitos dos quais nunca tinham estado em Portugal ou que de alma e coração, como o meu pai, se consideravam não portugueses, mas angolanos, que a long time ago haviam preconizado a independência de Angola multirracial, como defendia o MPLA.
A tragédia é que muitos brancos acabassem a defender a UNITA, um movimento racista e trIbalista, apoiado pela PIDE e pela a União Sul-Africana, a do "apartheid".
Porque em abono da verdade se diga, nem o Manuel nem a Maria Emília, alguma vez foram racistas ou defenderam o apartheid.
foto victor nogueira - réplica duma nau quinhentista, em Vila do Conde (foto em 2019.10.12)
Neste local eram outrora os estaleiros navais, presentemente transferidos para a margem esquerda do Rio Ave, em Azurara.
Esta nau que faz parte dum conjunto museológico dos "Descobrimentos" é visitável.Trata-se duma casca de noz, com camarotes exíguos: os do capitao, dos oficiais e do padre.