* Victor Nogueira
Coimbra é para mim, vindo de Lisboa, uma comprida ponte passando ao lado do Convento de Santa Clara, semienterrado no lodo, e, lá no cimo, a torre sineira da Universidade, no local onde outras terras têm o castelo. Coimbra é também o rio Mondego reduzido muitas vezes a um miserável fio de água, e bancos de areia. Contornava-se a baixa, paravase -numa arborizada avenida à beira-rio para almoçar num dos restaurantes e raramente houve tempo para subir à Universidade, com um magnífico miradouro, para deambular pelo Choupal ou pela Lapa, celebrizados pelos fados coimbrões, ou para visitar o Portugal dos Pequeninos, reprodução em miniatura de casas tradicionais portuguesas, de monumentos ou os pavilhões com artesanato e artefactos das colónias e baseados na arquitectura destes territórios, ao tempo províncias ultramarinas, em manifestação típica imbuída dos valores do Estado Novo. (Notas de Viagem, 1997)
Fotos em 1988 Páscoa
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Uma Photographia por si só vale por mil palavras?