terça-feira, 31 de dezembro de 2019

autocarro na Belavista, em Setúbal

* Victor Nogueira



foto victor nogueira - autocarro na Belavista, em Setúbal (2019.12.17)



fotos em 2019.12.17

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Estatuária em Setúbal 13 - 5 Continentes, de João Limpinho

Victor Nogueira



foto victor nogueira - Setúbal - Bairro da Belavista - Escultura "5 Continentes", do Núcleo Museológico Urbano da Bela Vista denominado “O Museu está na Rua”, do escultor João Limpinho, que pode ser vista em Estatuária em Setúbal 11 - Belavista - “O Museu está na Rua”


foto em 2019.12.17

domingo, 29 de dezembro de 2019

Túnel do Quebedo, em Setúbal ao entardecer

* Victor Nogueira


foto victor nogueira - Túnel do Quebedo,  em Setúbal  ao entardecer (2019.12.08)

Não se trata propriamente dum túnel, mas sim duma passagem desnivelada, mas denominá-lo de  "túnel" é mais "fino". Outrora uma passagem de nível separava a Avenida 5 de Outubro da Avenida Jaime Cortesão, com engarrafamentos sempre que o comboio passava ou estacionava no apeadeiro do Quebedo. Depois construíu-se este desnivelamento, a 5 de Outubro ficou apenas com o trânsito pente/nascente, tornando-se o trânsito mais fluido, apesar da nova "barreira" que são os semáforos

O "túnel" já esteve decorado com pinturas murais, uma delas dedicada a José Afonso, mas desde 2016 que nele foram colocados vários painéis de azulejos, 

Segundo o "Diário da Região Setubalense" «“A concepção dos painéis, colocados numa área de 300 metros quadrados ao longo dos muros do túnel, tem como mote a referência a escritores e artistas que estiveram ligados à cidade de Setúbal, por nascença ou vivência, concretamente Bocage, Sebastião da Gama, Vasco Mouzinho de Quevedo, Luiz Pacheco e José Afonso”, lembra a edilidade.

Os painéis premiados foram idealizados, concebidos e desenhados ao longo de cinco “intensos” meses, conforme revelou Andreas Stöcklein, durante a cerimónia de inauguração em Setúbal, a 15 de Julho de 2016.» https://www.diariodaregiao.pt/local/setubal/2017/05/22/paineis-do-tunel-do-quebedo-vencem-premio-nacional-sos-azulejo/

Nesse mesmo ano o conjunto destes painéis de azulejos conquistou o prémio nacional SOS Azulejo, na categoria Intervenção Artística.

foto em 2019.12.07

sábado, 28 de dezembro de 2019

O voo planado das gaivotes

* Victor Nogueira










imagens captadas em 2019.12.25, 
em Setúbal, na Praceta Fernando Alcobia

* FERNANDO ALCOBIA (1914 - 1939) || DEPORTADO PARA O  TARRAFAL, ONDE MORREU AOS 25 ANOS DE IDADE *

Fernando Alcobia foi um dos jovens comunistas a morrer no Tarrafal, vítima das condições desumanas a que os presos políticos eram sujeitos e de falta de qualquer assistência médica. Tinha 25 anos.

Filho de Júlia Alcobia, Fernando Alcobia nasceu em 15 de Fevereiro de 1914, em Lisboa.

Vendedor de jornais, era militante da Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas e integraria o Comité de Zona N.º 1 do Partido Comunista, tendo a seu cargo a Agitação e Propaganda.

No âmbito da semana de agitação e de luta contra a fome, a guerra e o fascismo, preparada pelo PCP e que deveria decorrer entre 25 de Fevereiro e 2 de Março de 1935, afixou nos prédios de Alfama propaganda política. 

Em Abril de 1935, segundo José Pacheco Pereira, participou na reunião do Pleno da FJCP realizada em Queluz e onde Álvaro Cunhal foi eleito seu Secretário Político.

No dia 10 de Junho de 1935, aquando do Cortejo do Trabalho Nacional que desfilou na Avenida perante Óscar Carmona e Oliveira Salazar, fez parte do grupo que se deslocou à Serra de Monsanto para tentar proceder à largada, falhada, de balões vermelhos com a foice e o martelo.

Dias depois, em 16 de Junho, participou, com Américo Gonçalves de Sousa, Fernando Moura e José Machado Pinto, na distribuição de manifestos no Parque Eduardo VII. Preso, conseguiu fugir na sequência da intervenção de José Machado Pinto que disparou contra o seu captor, o agente José Machado Pinto, guarda auxiliar Nº 264 da P. S. P. de Lisboa.

Procurado, refugiou-se em Espanha, onde seria preso pela Guarda Civil, por estar indocumentado, e entregue à Guarda Fiscal de Elvas.

Entregue, em 3 de Dezembro de 1935, à Secção Política e Social da PVDE, foi, primeiro, enviado para uma esquadra e, em 27 de Dezembro, seguiu para Peniche.

Entre 4 de Fevereiro e 8 de Setembro de 1936, andou constantemente a ser transferido, passando, cronologicamente, pela 1.ª Esquadra, Peniche, Aljube, outra esquadra, 1.ª Esquadra, Aljube, 1.ª Esquadra e, novamente, Aljube. 

[RGP/2233]

Segundo o seu Cadastro Político, foi acusado de, em Agosto de 1936, ter tentado fugir do Aljube com José Machado Pinto através da "abertura de um buraco na parede da casa de banho da sala n.º 3" [ANTT, Cadastro 6006; Processo 1898].

De seguida, integrou a primeira leva de presos políticos enviada para o Campo de Concentração do Tarrafal, onde chegou em 29 de Outubro de 1936 e faleceu ao fim de três anos, em 19 de Dezembro de 1939.

Segundo relato dos seus companheiros, Fernando Alcobia 

«passara muitas vezes pela frigideira. Pela primeira vez em Outubro de 1938. E a sua saúde sofreu o primeiro abalo. Foi depois a «brigada brava», de onde certa vez o trouxeram em braços. Numa outra altura meteram-no na frigideira com um abcesso no ouvido. Passou toda uma noite com dores agudas a pedir a vinda do médico. Não veio o Tralheira (nome pelo qual os presos tratavam o médico assassino). Queriam que trabalhasse e não o podia fazer e toda uma manhã ficou sentado numa pedra gemendo com dores. De volta ao campo, levaram-no para a frigideira e ali esteve vinte dias, sempre com um abcesso, sempre sem que Esmeraldo Pais Prata (o médico assassino) o tratasse. Trabalho, frigideira, frigideira, trabalho, foi o que Fernando Alcobia teve de sofrer até 15 de Dezembro, quando adoeceu com uma biliosa. O estado de fraqueza em que se encontrava quebrou-lhe todas as resistências à doença.

Esmeraldo Pais Prata veio enfim vê-lo. Estava na agonia. Acendeu uma lanterna e os olhos de Fernando Alcobia não reagiram. A morte já não tardaria muito. Fernando Alcobia tinha vinte e quatro anos e ia morrer assassinado.

-Se estiver pior amanhã, mandem-me chamar.

- E que tratamento lhe devo fazer, senhor doutor? - perguntou Virgílio de Sousa (o enfermeiro), que só depois de muito insistir conseguira que o Tralheira fosse ver o doente.

- Tratamento? Sim! Olhe, ponha-lhe umas compressas de água fria na testa.

Fernando Alcobia morreu pelas dez da manhã.

Morria muito jovem, devido à frigideira, ao trabalho da «brigada brava», às mãos daqueles que o fizeram sofrer tudo isto e tudo lhe negaram.» [Tarrafal - Testemunhos, Caminho, 1978, pp. 142-143].

Fernando Alcobia era o sustento da sua mãe, que vivia no Beco da Lapa - 56, e a sua namorada "pouco sabia dele e da sua vida e que só setenta anos mais tarde viria a saber quem ele era e o que lhe acontecera" [Blogue Cravo de Abril]. Segundo este mesmo Blogue, Fernando Alcobia é a personagem Simão, namorado de Teresa, no romance "O Tempo das Giestas", de José Casanova.

O nome consta do Memorial de Homenagem aos Ex-Presos Políticos, inaugurado na Fortaleza de Peniche em 9 de Setembro de 2017.

Fontes: ANTT, Cadastro Político 6006; RGP/2233.

[João Esteves]


Gaivotas em terra

* Victor Nogueira


foto victor nogueira - setúbal, gaivotas em terra em 25 de dezembro, um dia ameno e límpido, sem tempestades no ar


domingo, 22 de dezembro de 2019

Banksy abre loja de arte no hotel “com a pior vista do mundo”


Por ZAP -17 Setembro, 2017

Banksy é por natureza polémico por onde passa. Agora, o artista acaba de lançar a sua loja oficial num hotel, onde irá vender obras de arte originais por pouco mais de 20 euros cada.

Para conseguir comprar um original de Banksy, no entanto, terá que viajar para a Palestina, onde está localizado o “hotel com a pior vista do mundo“: o Walled Off Hotel.

O peculiar hotel oferece diversos quartos personalizados por artistas como o próprio Banksy, Sami Musa, Dominique Pétrin, o que faz do ambiente de cada um dos quartos uma obra de arte por si só.

O hotel, que deverá permanecer aberto durante todo o ano de 2017, foi financiado pelo próprio Banksy e é um memorial do centenário da invasão inglesa na Palestina, que se assinala este ano.

A “pior vista do mundo” do hotel refere-se a um muro militar de 700 km de comprimento construído em Belém pelo governo israelita.























Festas felizes… da parte de Banksy

O artista urbano mais famoso do mundo terá criado este postal de Natal por Leonor Riso 


Pensa-se que será Banksy o autor desta pintura, em que José e Maria são impedidos de chegar a Belém devido ao muro da Cisjordânia. Actualmente, esta estrutura que divide Israel e a Palestina tem 760 quilómetros, mas está planeado que chegue aos 790. Pode chegar até aos 8 metros de altura e a ideia da sua construção surgiu em 2001. Começou a ser erigido em meados de 2002, segundo a revista ‘VEJA’. Para entrar em Israel, é necessário passar por vários checkpoints. O caminho inverso, com destino à Palestina, é menos controlado, segundo a mesma revista. Banksy já visitou a Palestina, em 2005, e também Israel, em 2007. O artista urbano pintou dos dois lados do muro. O jornal ‘The Guardian’ afirma que no seu site, Bansky relembra que a estrutura é considerada ilegal pelas Nações Unidas. Esta imagem tende a surgir todos os Natais, e de acordo com o ‘Huffington Post’, data de 2005. O cantor Robbie Williams terá comprado esta pintura, depois de a ver exposta numa galeria. Carregue na imagem seguinte para ver as pinturas que Bansky realizou nos dois lados do muro da Cisjordânia.




Este graffiti foi criado na parte palestiniana do muro, em 2005. De acordo com o jornal ‘The Guardian’, tem o nome de ‘Janela na Cisjordânia’.

A pomba da paz com um colete anti-bala foi pintada num edifício em Belém, e a sua autoria também é atribuída a Banksy e a outros artistas. Retrata a paz numa situação precária.

A imagem coloca uma menina a tentar escapar do muro com balões. Terá o nome de ‘Balloon Debate’ (debate com balões). Esta imagem está do lado da Cisjordânia. 

Este graffiti foi criado na parte palestiniana do muro, em 2005. De acordo com o jornal ‘The Guardian’, tem o nome de ‘Janela na Cisjordânia’.


O mais recente trabalho do artista Banksy foi revelado na simbólica cidade palestiniana de Belém, na Cisjordânia: um pequeno presépio em frente a um pedaço de muro perfurado por um obus. Intitulada “A cicatriz de Belém”, a obra foi apresentada na sexta-feira e está exposta na entrada do hotel Walled-Off, que Banksy abriu em 2017 na cidade e cujos quartos dão para o muro construído por Israel em prejuízo dos palestinianos.

Uma parte do muro, com as palavras paz e amor grafitadas, serve de pano de fundo a um presépio numa pequena mesa, com presentes ao pé. O impacto do obus no muro provocou um buraco com forma de estrela que fica acima de Maria, José e Jesus, rodeados de uma vaca e de um burro. Para Wissam Salsaa, director do hotel, “A cicatriz de Belém” simboliza uma “cicatriz da vergonha": “O muro simboliza a vergonha por todos os que apoiam o que se passa na nossa terra, todos os que apoiam a ocupação ilegal” da Cisjordânia por Israel desde 1967. 

foto - Ahmad Gharabl
https://www.publico.pt/2019/12/21/culturaipsilon/noticia/novo-trabalho-banksy-exposto-belem-cisjordania-presepio-1898194)


O Natal e a "cicatriz da vergonha"

* Rogério G. V. Pereira



"A cicatriz de Belém". de Bansky

A meio da tarde de hoje, a imprensa deu notícia do último trabalho do artista Banksy, revelado na simbólica cidade palestiniana de Belém, na Cisjordânia: um pequeno presépio em frente a um pedaço de muro perfurado por uma peça de artilharia. O artista deu-lhe por título "A cicatriz de Belém".


A obra foi apresentada ontem, sexta-feira, e está exposta na entrada do hotel "Walled-Off", que Banksy abriu em 2017 na cidade e cujos quartos dão para o muro construído por Israel e ao qual o artista já tinha dedicado vários postais de Natal.

Neste, uma parte do muro, com as palavras paz e amor grafitadas, serve de pano de fundo a um presépio numa pequena mesa, com presentes ao pé. O impacto do obus no muro provocou um buraco com forma de estrela que fica acima do presépio.

Para Wissam Salsaa, diretor do hotel, "A cicatriz de Belém" simboliza uma "cicatriz da vergonha".

"O muro simboliza a vergonha por todos os que apoiam o que se passa na nossa terra, todos os que apoiam a ocupação ilegal" da Cisjordânia por Israel desde 1967.

Bansky continua a sua persistente denúncia, agora que a Cisjordânia é objecto de notícia recente. Eu, que desde sempre sigo o artista,  associo-me também à sua luta!

https://conversavinagrada.blogspot.com/2019/12/o-natal-e-cicatriz-da-vergonha.html


Imagem: AHMAD GHARABLI/AFP


Estação do Oriente, em Lisboa

* Victor Nogueira


foto victor nogueira - Estação do Oriente, em Lisboa (1998.05.05) rolo 238

sábado, 21 de dezembro de 2019

Azulejaria CP - Óbidos

* Victor Nogueira

Situada na várzea e distante de Óbidos, os painéis de azulejos são de 1943, de autoria de José Vitória Pereira (1877-1952), pintados na Fábrica Viúva Lamego.

Igreja de Santa Maria e pelourinho. O telheiro era o antigo mercado 


Vista  geral



Rua Direita


Arco da Rua da Cadeia

Cruzeiro



Castelo


Estes painéis de azulejos já haviam tido uma edição anterior neste blog: CP - azulejaria em Óbidos