* Victor Nogueira
A fundação do mosteiro é anterior ao séc. X, mas da construção românica restam apenas, nas traseiras da igreja, uma ala incompleta do claustro,
um portal e uma janela com decoração vegetalista. Foi reedificado no séc. XIV,
segundo o modelo das igrejas fortaleza, num estilo de transição entre o
românico e o gótico. Foi casa mãe dos Cavaleiros Hospitalários da Ordem de
Malta em Portugal, os Hospitalários, a partir do século XII. A fachada
principal de estilo gótico, com ampla rosácea radiada e rematada por uma cruz
da Ordem de Malta, possui torre de menagem de traça românica, coroada de
ameias. No interior, destaca-se a arca tumular de Frei João Coelho, Grão-Mestre
da Ordem, com estátua jacente da autoria de Diogo Pires, o Moço, a quem se deve
também o cruzeiro. Merece referência a pia baptismal.
Na tarde soalheira em que por aqui passara dias antes não me fora possível tirar fotos nem visitar a Igreja, então já encerrada. Retornámos para ver a feira medieval, em tarde cinzenta e ameaçando chuva, com o sol descoberto apenas ao final da tarde.
Do mosteiro resta apenas a igreja e parte dos claustros
românicos. Nas traseiras do Mosteiro passa o rio Leça. Outras igrejas-fortaleza em Portugal são as do Convento de Terena (Alandroal) e a do Convento da Flor da Rosa (Crato) ou a Sé Velha de Coimbra.
Rio Leça
Num acto de vandalismo a cruz que encimava o cruzeiro foi destruída na noite de 19 Abril 2015. Remonta ao manuelino, da autoria de Diogo Pires o Moço, em pedra de ançã. Foi reconstruído em 1912 após ter sido destruído-
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