Duas ou três das roseiras ainda florescem e as granjas ou
hortênsias secas estão. Nos dias cinzentos e chuvinhentos as dálias viram as
corolas para o chão, como que alquebradas, arrebitando e erguendo as hastes com
a soalheira. Em dias ventosos as perpétuas ficam de rojo, soerguendo-se com o
bom tempo. Os malmequeres brancos sobressaem entre a folhagem verde mas não
adianta desfolhá-los em busca de Penélopes ou Miquelinas.
Para lá da janela desta sala e do muro mais além - ainda sem espigas formadas que se distingam daqui - o milheiral matiza-se de variados
verdes desde o baço e mortiço ao dourado,de acordo com a luminosidade dos dias.
Oh, malmequer mentiroso!
Quem te ensinou a mentir?
Tu dizes que me quer bem
Quem de mim anda a fugir!
Desfolhei o malmequer
No lindo jardim de Santarém!
Malmequer, bem-me-quer,
Muito longe está quem me quer bem!
Um malmequer pequenino
Disse um dia à linda rosa:
Por te chamarem rainha,
não sejas tão orgulhosa!
Malmequer não é constante,
Malmequer muito varia!
Vinte folhas dizem morte
Treze dizem alegria!
Quem te ensinou a mentir?
Tu dizes que me quer bem
Quem de mim anda a fugir!
Desfolhei o malmequer
No lindo jardim de Santarém!
Malmequer, bem-me-quer,
Muito longe está quem me quer bem!
Um malmequer pequenino
Disse um dia à linda rosa:
Por te chamarem rainha,
não sejas tão orgulhosa!
Malmequer não é constante,
Malmequer muito varia!
Vinte folhas dizem morte
Treze dizem alegria!
Sem comentários:
Enviar um comentário
Uma Photographia por si só vale por mil palavras?