No espaço arquitectónico do
parque dos Poetas surge um lago com uma ilha e uma gruta, evocando o espaço
descrito por Luís de Camões no episódio da Ilha dos Amores, no canto IX de Os
Lusíadas. Aqui se despenha em cascata o curso de água que percorre esta zona do
Jardim em meandros mais ou menos sinuosos e argênteos, por entre pedras
roladas. Ultrapassado o declive, a água espraia-se em lençol de água bonançoso,
rodeando a Ilha dos Amores, marginada por um pequeno Jardim Botânico de
espécimes exóticos. A estatuária de diversos materiais é da autoria do escultor
Francisco Simões. Na “gruta” e na parede representam-se vários episódios do
Canto IX dos Lusíadas, o tal cuja leitura era censurada no tempo do fascismo,
atendendo ao seu caracter erótico, desapropriado em heróico e épico poema que
cantava as armas e os barões assinalados que contemporâneos como Diogo de Couto
e Fernão Mendes Pinto, entre outros, não glorificavam. Bem pelo contrário.
a Ilha dos Amores e as ninfas
a gruta de Camões e a representação de episódios do Canto IX d'Os Lusíadas
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